08 fevereiro 2025

O Muro da Vergonha (32)

 (Continuação daqui)




32. Um padre católico

Quem seguir os ensinamentos seguintes não vai morrer pobre, de certeza. Nem os seus concidadãos andarão a saltar muros de fronteira ou a viver de mão estendida face a países estrangeiros. Existe até uma forte probabilidade que morra rico, ainda que tenha nascido pobre. 

Podia ter sido escrito por um pastor protestante. Mas não. O autor é um padre católico:


"482. O trabalho é a vocação inicial do homem, é uma benção de Deus, e enganam-se lamentavelmente aqueles que o consideram um castigo (...)

483. Estudo, trabalho: deveres iniludíveis para todo o cristão (...)

484. Peço a Deus que te sirvam também de modelo a adolescência e a juventude de Jesus, tanto quando argumentava com os doutores do Templo, como quando trabalhava na oficina de José.  

485. Trinta e três anos de Jesus!... trinta foram de silêncio e obscuridade; de submissão e trabalho...

486. (...) É na grandeza da vida corrente que Ele nos espera!

487. Diante de Deus nenhuma ocupação é em si mesma grande ou pequena. (...)

488. O heroísmo do trabalho está em "acabar" cada tarefa.

493. Não se pode santificar um trabalho que humanamente seja mal feito (...)

496. Uma missão sempre actual e heróica para um cristão corrente: realizar de maneira santa as mais variadas actividades (...)

497. Trabalhemos, e trabalhemos muito e bem (...)

504. Sempre aconteceu o mesmo: quem trabalha, por mais recta e limpa que seja a sua actuação, desperta ciúmes, suspicácias, invejas. (...)

517. Santificar o próprio trabalho não é uma quimera, é missão de todos os cristãos (...)

519. Trabalhar com alegria não equivale a trabalhar "alegremente", sem profundidade, como tirando um peso incómodo de cima dos ombros (...)

520. Alguns movem-se com preconceitos no trabalho: por princípio, não confiam em ninguém e, está claro, não entendem a necessidade  de buscar a santificação do seu ofício. (...)

527. Depois de conhecer tantas vidas heroicas (...) cheguei a uma conclusão: para um católico, trabalhar não é cumprir, é amar!, exceder-se alegremente (...)

528. Quando compreenderes esse ideal de trabalho fraterno por Cristo, sentir-te-ás maior, mais firme e o mais feliz que se pode ser neste mundo (...) 

529. A santidade compõe-se de heroísmos. Por isso, no trabalho pede-se-nos o heroísmo de "acabar" bem as tarefas que nos cabem (...)"

(Fonte: Josemaría Escrivá, Sulco, Lisboa: Edições Prumo, 1986, cap. "Trabalho", pp.157-69, ênfases meus)

(Continua acolá)

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