(Continuação daqui)
XLVIII. Um Estado novo
Em que é que se traduziu o falhanço do regime de democracia liberal que terminou com a Revolução de 28 de Maio de 1926?
Na ruína do Estado.
A democracia liberal deixou o Estado em tal estado, um Estado decrépito, corrupto, absolutamente incapaz de desempenhar as suas funções, totalmente irreformável, que o regime autoritário que se lhe seguiu acabou por ganhar o sugestivo nome de Estado Novo.
Do Estado velho, já nada se conseguia aproveitar.
É outra semelhança entre a situação actual e a situação que Portugal vivia há um século. É um Estado novo que, na qualidade de Chefe de Estado, os portugueses reclamam do Almirante Gouveia e Melo, como há cem anos reclamavam dos militares que fizeram a Revolução de 1926, e que estes acabaram por delegar na figura de Salazar.
Os portugueses reclamam outra vez um Estado limpo, pequeno e económico que lhes devolva o acesso à saúde, à educação, à justiça, à segurança pessoal e colectiva, a oportunidade para se promoverem económica e socialmente, porque o Estado actual está a falhar em todas estas frentes.
(Continua acolá)
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