(Continuação daqui)
51. Pessoas, não Partidos
O grande embate que o Almirante Gouveia e Melo tem pela frente nas eleições presidenciais que se avizinham é com as organizações representando interesses sectários, tendo à frente os Partidos Políticos.
De todos os candidatos já anunciados ou que se adivinham, o Almirante é o único que se apresenta com uma perspectiva comunitária, ao serviço do bem comum, e é esse o contraste com os outros que se apresentam apoiados em organizações sectárias (v.g, partidos, sindicatos).
Deste embate entre o Almirante e os Partidos, quem vai sair vencedor?
-O Almirante (senão cometer erros crassos, como o de aceitar participar em debates ou em entrevistas não conhecendo o entrevistador).
A razão é que, dentre todas as instituições públicas, os Partidos Políticos são aquelas que o povo português gosta menos.
Num inquérito de 2022 da OCDE, numa escala de zero a 10, os portugueses dão nota 3,6 aos Partidos Políticos, a pior entre todas as instituições inquiridas. E quanto, à confiança nos Partidos, apenas cerca de 20% dos inquiridos a possuem, também a mais baixa entre as instituições inquiridas. Curiosamente, neste estudo, a "instituição", por assim dizer, em quem os portugueses mais confiam são as Pessoas (cf. aqui, Gráficos 6 e 7).
Inquéritos de opinião realizados em Portugal apontam para resultados semelhantes. Os Partidos Políticos são as instituições com pior ranking na confiança dos portugueses, enquanto a Polícia e as Forças Armadas são as mais confiáveis. As Juntas de Freguesia e as Câmaras Municipais também merecem alta nota (cf. aqui)
Quer dizer, nas próximas eleições presidenciais, os Partidos Políticos podem estar a lutar pela sua sobrevivência. Uma vitória retumbante do Almirante pode abrir caminho a um clamor popular para um referendo sobre os Partidos Políticos.
No meu conhecimento, apenas uma vez os Partidos Políticos foram submetidos a referendo e ainda aí de forma indirecta. Aconteceu na Constituição de 1933 e os resultados não lhes foram favoráveis (cf. aqui).
Tal como hoje existem, os Partidos não foram objecto de uma escolha democrática e popular, mas o resultado de um golpe de Estado. Tudo parece indicar que um referendo popular aos Partidos Políticos decidisse pela sua proibição.
A maneira de a cultura católica dos portugueses ser democrática não envolve partidos, os quais são a mais retinta expressão da cultura protestante. Envolve apenas pessoas, como o Almirante Gouveia e Melo está em vias de demonstrar.
A maneira de a cultura católica dos portugueses ser democrática assenta em Pessoas, não em Partidos, como mostrarei a seguir.
(Continua acolá)
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