(Continuação daqui)
335. Uma bonita palhaçada
No dia em que ocorreu a audiência a que se refere a acta acima, eu estava internado na Casa de Saúde da Boavista para ser operado, no dia seguinte logo de manhã, ao coração. Tinha tido um enfarte.
Eu era o principal interessado naquela audiência, porque era a minha vida que se decidia ali. Mas nem sequer fui convocado, a minha vida ficou entregue a juristas.
E dos bons!
Como a Decisão do TEDH veio agora confirmar aquela audiência há-de ter sido uma bonita palhaçada.
Eu tenho de admitir que a coincidência entre os dois acontecimentos - a audiência e o enfarte - ainda hoje provoca em mim um forte sentimento de revolta. Eu podia já estar morto e aqueles algozes (excepção feita às mulheres), ali reunidos cobarde e solenemente, com direito a acta, a tratarem-me da saúde.
(Continua acolá)
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