SOCIALISMO & POPULISMO
“O socialismo promete ananases na Lua, o populismo promete tomates na Terra”
A polarização política oscila, actualmente, entre o bloco socialista e o bloco populista; todas as outras nuances ideológicas se apagaram ou extremaram para se encaixar num destes aquadrilhamentos.
No Grande Satã, o “hegemon” do momento, o bando socialista está representado pelo presidente Biden e pela candidatura Kamala/Waltz e o bando populista está representado pelo ex-presidente Trump.
O que diferencia estes dois blocos? Às vezes é difícil perceber porque há uma sobreposição considerável de políticas entre o Partido Democrata (DEM) e o Partido Republicano (REP). O intervencionismo económico, a limitação das liberdades individuais e o atropelamento do Estado de direito, parece ter entranhado DEM’s e REP’s. A catástrofe da C19 exemplifica, de forma brutal, esta convergência de políticas.
Sobra talvez a questão do globalismo (+DEM) e do nacionalismo (+REP) a fazer a diferença, embora esta seja mais aparente do que real. Os democratas são mais globalistas desde que os EUA sejam o império dominante, isto é: são globalistas/nacionalistas se me permitem esta contradição de termos.
Outra nuance que os diferencia é de “timing”. Os socialistas sonham com um “futuuuuro” radioso e os populistas querem políticas imediatistas.
No tempo da velhinha URSS, o governo sonhava com terraformar a Lua e cultivar ananases neste nosso satélite, enquanto a populaça se acumulava em filas para adquirir pão. Os dissidentes criticavam estes sonhos demagógicos, exigindo tomates na Terra: ‹‹Esqueçam os ananases na Lua, dêem-nos tomates na Terra›› - diziam.
Os populistas propõem nacionalizações (sobretudo na Europa) e políticas mercantilistas, para criar emprego e melhorar as condições de vida no imediato, esquecendo que estas medidas fazem parte do cardápio comunista.
Em última análise, portanto, estamos apenas a falar de uma questão de “timing”. O sucesso do populismo assenta no curtoprazismo da populaça, que, como qualquer criança de tenra idade, não tem paciência para esperar.
Resta-nos o Pangloss do Voltaire e acreditar que, no fim: VAI FICAR TUDO BEM!
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