(Continuação daqui)
146. Dia da Mãe
Eu vou agora revelar qual foi o momento de maior humilhação que recebi em todos este processo.
Foi no dia 6 de Fevereiro de 2018, o primeiro dia do meu julgamento no Tribunal de Matosinhos, logo no início da sessão, no momento da identificação do réu quando, eu de pé, o juiz me perguntou o nome do meu pai e da minha mãe.
Respondi:
Manuel Lopes Arroja e Alzira Rodrigues de Almeida Arroja.
E, em seguida, pensei: "Eles não eram para aqui chamados. Um dia vocês irão pagar tudo isto".
Era a mais simples homenagem que eu poderia prestar aos meus pais naquele momento. Eles não eram pais de um criminoso, como a decisão do TEDH, por unanimidade de sete juízes, veio agora confirmar.
Os criminosos eram outros, incluindo o juiz.
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