(Continuação daqui)
O padre Mário Rui Pedras da paróquia de S. Nicolau em Lisboa, por sinal também confessor do presidente do Chega, André Ventura, foi indiciado pela Comissão Independente (CI) que investigou os abusos sexuais na Igreja como sendo pedófilo.
A Comissão Diocesana ordenou imediatamente a suspensão do padre e que se fizesse uma investigação.
A investigação está agora terminada, nada se encontrou de impróprio acerca do comportamento do padre Mário Rui Pedras, e ele pode agora retomar plenamente as suas funções.
Naturalmente, uma calúnia destas afecta a reputação de qualquer pessoa, mas afectará ainda mais a reputação de um padre. O padre Mário Rui Pedras está compreensivelmente indignado e num artigo publicado hoje no jornal i, desabafa toda a sua indignação.
Acerca da Comissão Diocesana diz o seguinte:
Quanto à Comissão Diocesana, o sacerdote não deixa nada por dizer, acusando-a de ter abdicado «do que lhe seria exigido perante uma denúncia sem qualquer verosimilhança e recomendou, de forma grave e negligente, que se fizesse uma investigação com o concomitante e ilegítimo afastamento do exercício público do ministério». E acrescenta: «A CD, porventura mais preocupada com a pressão mediática e a opinião pública do que com a justiça e a verdade, converteu a presunção de inocência na suspeição da culpa alegada».
Fonte: cf. aqui
A composição da Comissão Diocesana é a seguinte (ênfase meu):
José Adriano Machado Souto de Moura (coordenador)
Francisca Padez Vieira
Francisco Maria Correia de Oliveira Pereira
José Alberto Campos Braz
José António dos Santos
Margarida Maria Sancho da Silva Gonçalves Neto
Pedro Maria Godinho Vaz Patto
Rute Sandra Guerreiro Agulhas
Teresa Isabel de Almeida Figueiredo Canotilho
Vítor Viegas Cotovio
Assistente Espiritual: P. José Manuel Pereira de Almeida
Fonte: cf. aqui
Conclusão. No espaço de um só mês, o juiz Pedro Vaz Patto vê-se envolvido publicamente em dois casos consumados de calúnia sobre um inocente e ninguém o tira de lá.
Aos meus protestos, o Patriarcado nem responde (cf. aqui).
A justiça eclesiástica está como a justiça civil. Não admira. Os protagonistas são os mesmos.
(Continua acolá)
Sem comentários:
Enviar um comentário