29 fevereiro 2024

Mil e uma (18)

(Continuação daqui)




18. Sufrágio universal


O chefe da Igreja Católica, que é ao mesmo tempo o chefe de Estado do Vaticano, é eleito democraticamente.

Só que na eleição do Papa o sufrágio não é universal como na democracia liberal. Só vota a elite da Igreja - os cardeais, actualmente cerca de uma centena.  

A Igreja não reconhece o direito de voto nem sequer à generalidade dos bispos, para não falar nos padres, e menos ainda ao povo (leigos, actualmente cerca de mil e quinhentos milhões espalhados pelo mundo).

-E porque é que a Igreja não põe o povo católico a eleger o Papa?

-Porque pôr o povo católico (leigos, ignorantes) a eleger o Papa já teria destruído a Igreja. Qualquer demagogo seria eleito Papa.

-Então e pôr o povo  a eleger o chefe de Estado ou o primeiro-ministro de um país católico?

-Dá no mesmo, e pela mesma razão. É só uma questão de tempo.

Portugal está  a caminho.

(Continua acolá)

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