Foi agora publicado o relatório anual do GRECO (Grupo de Estados Contra a Corrupção), um organismo do Conselho da Europa, de que Portugal faz parte.
Em 2015, o GRECO fez 15 recomendações aos Estados membros para prevenir a corrupção entre deputados, juízes e procuradores do Ministério Público.
No ano passado, por esta altura, oito anos depois, Portugal tinha conseguido implementar três das 15 recomendações do GRECO, uns impressionantes 20% (cf. aqui).
E este ano, qual foi o progresso?
Zero. Continuam implementadas três das recomendações do GRECO e 12 continuam por implementar (cf. aqui).
A questão a este propósito é a seguinte. Os deputados, que fazem as leis, os juízes e os procuradores do Ministério Público, que as aplicam, são os combatentes da corrupção por excelência.
Mas se eles não conseguem combater a corrupção entre eles próprios, como é que eles vão combater a corrupção entre 10 milhões de portugueses?
A menos que a corrupção seja má entre os 10 milhões mas boa entre eles.
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