17 janeiro 2024

o PAI tirano

o PAI tirano




Há uma ORDEM no Universo e, como humildes seres humanos, não podemos violar essa ordem sem sofrer as respetivas consequências.

 

Os católicos acreditavam que essa ordem provinha diretamente de Deus, que antropomorfizaram como um velho de longas barbas brancas que governava o mundo do seu assento etéreo e que era omnipresente, omnisciente e omnipotente.

 

Tomás de Aquino lá nos foi avisando que nada podemos saber sobre a natureza de Deus e alguns filósofos optaram por Lhe chamar Princípio, porque a inteligência humana não concebe a “creatio ex nihilo”.

 

Crentes e não crentes, porém, ultrapassam todas e quaisquer divergências para concordarem sobre a existência dessa ORDEM, divina porque absoluta ou científica porque é demonstrável. É a Lei da Natureza a que, obrigatoriamente, também estamos submetidos.

 

A lei da natureza é aquela que Deus, na época da criação da natureza do homem, infundiu em seu coração, para sua preservação e direção; e esta é a lex aeterna, a lei moral, também chamada de lei da natureza. – Francis Bacon (1561-1626).

 

Não podemos andar a fazer o pino porque estamos submetidos à tirania da gravidade, nem sobreviver sem nos alimentarmos porque estamos ameaçados pela entropia. Igualmente, estamos submetidos a princípios morais que garantem a sobrevivência da espécie.

 

As culturas primitivas e a civilização foram destilando esses princípios morais, em códigos, tábuas de Leis e constituições. ‹‹Não matarás›› = ‹‹Todos têm direito à vida››. Não é “rocket science” intuir a importância deste princípio para a sobrevivência do Homo Sapiens.

 

Muitos arquétipos milenares são metáforas de Leis da Natureza, explicadas de forma simples e empática.

 

O mito da criação, descrito no Genesis, é um desses mitos que sobreviveu até ao presente porque transmite imperativos da lex aeterna — “Crescei e multiplicai-vos”.

 

A expulsão de Adão e Eva do Paraíso, por violarem a Ordem Divina, é outro mito que sobreviveu porque resume de forma inigualável a sujeição humana às leis do universo.

 

Os desvios pagam-se caros porque o Pai é tirano – Deus, Princípio, Natureza. E como Francis Bacon reconheceu: ‹‹para vencer a natureza temos de lhe obedecer››.

 

A ideia de que Deus ama todos por igual e tudo perdoa não é um princípio católico porque não reconhece a ORDEM suprema do universo e as consequências do “pecado”.

 

Deus não é o Pai Natal e o Papa não é a Fada Madrinha.

 

Naum 1:2

O Senhor é Deus zeloso e vingador! Seu furor é terrível! O Senhor executa vingança contra os seus adversários e manifesta o seu furor contra os seus inimigos.

 

A função do Papa, como pastor, é guiar o crentes pelos caminhos da virtude (submissão às leis naturais), não é sacrificar o rebanho aos trejeitos das ovelhas ronhosas.

 

 

 

 

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