17 janeiro 2024

FREE RIDERS

FREE RIDING




Qual é o investimento mais precioso que podemos fazer?

 

— É TER FILHOS!

 

Sem dúvida que os filhos caem na definição de investimento porque trazem benefícios significativos aos pais e à sociedade e dependem do esforço, tempo e recursos dos pais.

 

Esses benefícios, na época atual, são mais sentimentais do que materiais para os procriadores, a sociedade, porém, depende desse investimento para manter a cultura, a força de trabalho e a coesão social.

 

Não passa um dia em que não surjam lamentos na comunicação social sobre a “bomba demográfica” que pesa sobre os países com baixa taxa de natalidade. Esse é, aliás, uma das razões (ou desculpas) porque no Ocidente se escancararam as portas aos imigrantes.

 

Quem tem filhos tem de poupar para investir neles e sacrificar-se para lhes dar o conforto e a educação necessária. Com três filhas, perdi a conta às noites em claro, às preocupações e às despesas que elas deram, sempre sem esperar qualquer retorno que não afetivo. Eu diria que como qualquer outro pai.

 

Um facto, porém, merece atenção. Se pensarmos que procriar tem benefícios sociais muito maiores do que os benefícios paternais, qual é o papel dos cidadãos que recusaram dar esse contributo, mas que continuam a usufruir das suas vantagens? Em termos económicos são o que se chama “Free Riders”.

 

Esses free riders vivem em sociedade e sobrevivem em sociedade, graças ao investimento enorme dos “escravos” paternais, que se privaram de tudo e mais alguma coisa pelos filhos.

 

Essa casta de free riders são os celibatários voluntários ou “incels”, os casais sem filhos (double income, no kids) e a ala da comunidade LGBT.

 

A promoção desses estilos de vida é, na realidade, a promoção do free riding, que é necessário quantificar em termos económicos.

 

A fiscalidade, na maior parte dos países Ocidentais, procura ajudar as famílias com mais filhos e penalizar os cidadãos singulares, mas fica longe de resolver o problema.

 

Na minha opinião, esse problema só encontrará alívio num estado mínimo com a fiscalidade reduzida ao dízimo.

Sem comentários: