LE LIT - Duas mulheres na cama, num bordel de Paris Toulouse Lautrec 1893
A cultura “woke” quis colar a etiqueta de homossexual ou gay (ou bissexual) a qualquer mulher que se tenha envolvido sexualmente com outra mulher, ao longo da vida. Isto parece-me um grande exagero.
A sexualidade feminina é caleidoscópica e aberta à experimentação e aos jogos eróticos. E nestes jogos encaixam-se perfeitamente brincadeiras ocasionais entre mulheres que, na minha opinião, não definem preferências sexuais, nem o género.
Estas brincadeiras ocorrem em diferentes contextos e por diferentes motivos. Entre colegas adolescentes, por coabitarem e estarem numa idade propícia à exploração da sexualidade. Num contexto social, para estimularem os parceiros (presas) masculinos. E a pedido dos amantes.
Em abono da minha tese, evoco o efeito altamente excitante que tem, para um homem, assistir a cenas eróticas entre mulheres. As estatísticas das visitas a sites pornográficos revelam que 70% dos acessos são feitos por homens e a maioria procura cenas lésbicas e trios com duas mulheres.
Se o relacionamento entre mulheres embotasse o interesse destas pelo sexo masculino, este arquétipo das fantasias masculinas nunca se teria desenvolvido. Quem é que quer perder a namorada para uma tipa?
Não há perigo, digo-vos eu, porque as mulheres não se deixam desviar dos seus interesses com facilidade. E esses interesses passam por “pescar” um parceiro.
Há mulheres a pedir aos amantes para alinharem numa cena homossexual para elas assistirem? Deve haver, mas deve ser a exceção que confirma a regra. Porquê esta disparidade? Em termos psicológicos penso que as mulheres gostam de pensar nos parceiros como dominantes e seria um anafrodisíaco vê-los submissos a outros machos. Também seriam poucos os que aceitassem.
Claro que há mulheres que preferem outras mulheres como parceiras sexuais, mas estaremos a falar de menos de 1% da população feminina.
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