07 novembro 2023

Um passo de gigante (2)

 (Continuação daqui)



2. O povo escolhe criminosos

São dois primeiros-ministros do mesmo partidos político. Ambos foram eleitos por duas vezes seguidas pelo povo português, ambos conseguiram uma maioria absoluta, um resultado raro na democracia portuguesa. Governaram Portugal, respectivamente, por 6 e 8 anos.

Aos olhos do Ministério Público, ambos são criminosos. Um está acusado há 10 anos mas ainda não foi julgado, embora já tenha estado preso. O outro nem isso, nem sequer lhe foi aberto ainda um processo-crime. 

Se a tese do Ministério Público é verdadeira, isto é, se ambos são criminosos, existe uma conclusão inelutável a tirar, que é a de que o povo português não sabe escolher governantes, a democracia é um regime político que não serve para Portugal, o povo escolhe criminosos para ocupar o lugar de primeiro-ministro.

Se a tese do Ministério Público é falsa, a conclusão a tirar é que ninguém tem contribuído tanto para desprestigiar a democracia portuguesa como o Ministério Público, acusando falsamente dois primeiros ministros legitimamente eleitos pelo povo português, para já não falar em ministros (cf. aqui) e sobretudo autarcas (cf. aqui). 

A ideia que fica é que o povo português elege criminosos como seus representantes e que, portanto, o próprio povo português é um povo de criminosos.

(Continua acolá)

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