(Continuação daqui)
9. Algum alimento
A investigação criminal que levou à queda do primeiro-ministro António Costa desenvolveu-se no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e foi chefiada pelo procurador João Paulo Centeno com a colaboração dos procuradores Hugo Neto e Ricardo Lamas.
À medida que o tempo passa, vai-se tornando claro que os indícios de corrupção em torno dos arguidos do processo, e mais ainda em torno de António Costa, são uma mão cheia de nada.
A carreira dos procuradores envolvidos neste processo está seriamente em risco e eu não ficaria surpreendido se eles acabassem mesmo na prisão. Não é impunemente que, numa democracia, alguém, que não o povo, deita um Governo abaixo, ainda por cima um Governo de maioria absoluta.
Por isso, perante fundamentos tão frágeis, há quem se interrogue se os procuradores do DCIAP - incluindo a própria PGR, Lucília Gago -, se terão sentido tão poderosos para deitar um Governo abaixo por sua livre iniciativa ou se, pelo contrário, o fizeram porque se sentiam devidamente protegidos.
Esta última tese encontra algum alimento neste blogue: cf. aqui, aqui e aqui.
(Continua acolá)
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