A Psicologia Evolucionista tem explicado as diferenças de comportamento sexual de homens e mulheres através da chamada Teoria da Estratégia Sexual. Uma teoria que explica essas diferenças com base nas circunstâncias biológicas de cada um dos sexos.
As mulheres estão biologicamente limitadas a um pequeno número de crias, têm um investimento brutal na gravidez e no aleitamento e, portanto, são super seletivas na escolha de parceiros. Procuram homens saudáveis, mas com bom estatuto social e recursos económicos, que lhe garantam estabilidade procriativa.
Os homens, pelo contrário, podem espalhar as suas sementes em “centenas de direções”, com muito pouco investimento energético. Procuram mulheres jovens e saudáveis, com sinais de serem boas reprodutoras.
Digamos que as mulheres sobrepõem a qualidade à quantidade enquanto os homens sobrepõem a quantidade à qualidade.
Feita esta introdução básica, é altura de inquirirmos sobre a estratégia sexual de pessoas transgénero e de transexuais.
As mulheres transgéneras mantêm a sua capacidade reprodutiva e se não é possível reproduzirem-se em uniões com homens, é frequente relacionarem-se com mulheres e deixarem descendência.
Neste último caso, a mulher transgénera compete de facto com os elementos masculinos, valorizando as suas qualidades femininas sobre a chamada “toxicidade hormonal” masculina. Ela pode “formar equipa” com a parceira, ser a melhor amiga e companheira – BFF.
A estratégia sexual da mulher transgénera é ser “um homem melhor” no panorama da competição sexual, talvez mais atenta à realidade interior da mulher do que à exterior.
Os homens transgéneros também mantêm a sua capacidade reprodutiva intacta e fazem gala disso nas redes sociais e nos MSM. Nos relacionamentos com outros homens, os transgéneros competem com as mulheres.
WSJTal como a mulher transgénera, o homem transgénero ilude as diferenças sexuais e pode pacificar a “eterna guerra dos sexos” – eu sou um gajo como tu, não te vou andar a chatear com mariquices.
As estratégias sexuais de mulheres transgéneras e de homens transgéneros pode ser escaparem à competição pura e dura da seleção sexual e explorarem a vertente das semelhanças, mesmo que artificiais.
Relativamente aos transexuais o problema é radicalmente diferente porque as intervenções médico-cirúrgicas esterilizam e impedem a reprodução, pelo que não podemos falar em estratégias reprodutivas.
Quando muito podemos falar apenas em estratégias de aceitação social e de realização pessoal, que tem vindo a ser desenvolvida com apoio do lobby político.
As transformações sociais a que temos vindo a assistir nos últimos anos vão ser com certeza um campo de investigação profícuo para a Psicologia Evolucionista e as estratégias sexuais dos transgéneros vão ser escrutinadas.
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