Ao lado do seu vice-presidente Rangel, o Montenegro é um anjinho a facturar horas de assessoria jurídica às Câmaras Municipais onde o PSD está no poder - no caso de Montenegro, as Câmaras de Espinho e Vagos (cf. aqui).
Veja aqui o currículo do seu vice-presidente Rangel quando Rui Rio era presidente da Câmara do Porto, descrito pelo próprio:
“Desde que estou no escritório os valores e horas trabalhadas até têm registado uma diminuição”, adianta Rangel, fornecendo informação detalhada. O ano com maior actividade foi 2011, num total de 2459 horas de assessoria jurídica prestada à Câmara Municipal do Porto pelo valor de 126 045 euros. Já em 2012 é, nesta retrospectiva de cinco anos, o ano em que a sociedade teve menos participação nas actividades jurídicas da autarquia. Tiveram lugar 1547 horas de prestação de serviços, facturadas em 98500 euros".
Fonte: cf. aqui
Quer dizer, no espaço de 5 anos, no ano com menor actividade, a sociedade de advogados do Rangel facturou apenas umas 1547 horitas de assessoria jurídica à Câmara presidida pelo seu colega de partido, Rui Rio. Neste período, no ano de maior actividade, a coisa subiu para 2459 horas. Infere-se que, no referido período de 5 anos, a sociedade de advogados do Rangel facturou mais de 10 mil horas de assessoria jurídica à Câmara do Porto (que, por sinal, tem um grande departamento jurídico interno).
Há quem garanta ter visto neste período o Rangel e os seus ajudantes estagiários a dormir à porta da Câmara do Porto tal era a intensidade do trabalho.
Os deputados Montenegro e Rangel, presidente e vice-presidente do PSD, bem como os presidentes de Câmara mencionados acima, se fosse num país com verdadeira tradição democrática - uma Inglaterra, uma Suécia, um Canadá, uns EUA - estariam todos presos por embezzlement (apropriação indevida de dinheiros públicos). Assim andam por aí a representar o país, alguns com ambições a serem primeiros-ministros.
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