31 janeiro 2023

a santificação da pobreza

S. Francisco de Assis, um pobre por opção


Por detrás da discussão sobre o financiamento das Jornadas Mundiais da Juventude e da vinda do Papa Francisco a Lisboa  existe um curioso paradoxo.

O Papa escolheu o nome de Francisco em homenagem a S. Francisco de Assis, o fundador da maior ordem mendicante da Igreja Católica, e o homem que mais contribuiu para santificar a pobreza.

A santificação da pobreza é, talvez, um dos maiores ónus culturais deixados pela Igreja Católica nos países onde teve influência decisiva, como Portugal, e é hoje um dos principais factores que tornam a religião católica crescentemente uma religião do terceiro mundo.

Não existe nada de santo na pobreza. Pelo contrário, a pobreza é o principal responsável pela violência, pela doença, pela opressão, pela mortalidade infantil e pela morte prematura no mundo. S. Francisco não foi pobre por condição, foi pobre por opção porque os seus pais eram ricos.

Homens válidos que, durante séculos, andavam por aí pelas ruas a pedinchar para comer, ainda por cima com uma aura de santidade, foram sempre um péssimo exemplo para as gerações mais novas. Segundo esse exemplo, a vida perfeita e que agradava a Deus, conseguia-se pedinchando.

Hoje, a Igreja Católica pedincha ao Estado e os portugueses também, propiciando o ambiente cultural que é um regalo para o socialismo.

Porém, que, afinal não existe nada de santo na pobreza é o que está a ser reconhecido nos preparativos para a vinda do Papa a Lisboa. Não se vê nenhum sinal de pobreza franciscana nos preparativos para receber o Papa Francisco.   

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