15 julho 2022

uma cotovelada em Maria

A vida de Chiara Lubich, a fundadora do Movimento dos Focolares, ilustra na perfeição por que é que as mulheres não podem ser ordenadas padres no seio da Igreja Católica, sob pena de destruírem a própria Igreja.

Para mostrar que assim é, convém começar por referir que a Igreja, às vezes chamada Santa Madre Igreja, é a figura teológica de Maria, sendo os padres imitações de Cristo. Por isso, a Igreja pode ser vista como um conjunto de homens a servirem uma Mulher, ou os filhos a servirem a Mãe, que é o centro da comunidade ou família cristã.

O Movimento dos Focolares foi fundado em Itália, em 1943, por Chiara Lubich e reconhecido pela Igreja Católica durante o pontificado de Paulo VI. É um Movimento que procura celebrar o carisma da unidade expresso na prece de Cristo: "Pai, que todos sejam um só" (Jo:17:21). 

O nome do movimento tem origem na palavra italiana "focolare" que significa "lareira", que é um local de reunião da família. Mas é um local que também envolve fogo e, na realidade, os focolares são também conhecidos pela sua fogosidade. Deles se pode dizer aquilo que se costumava dizer acerca dos seus maiores críticos dentro da Igreja Católica, os jesuítas: "São mais papistas que o Papa".

No seu apelo à unidade e à família cristã, que tem no centro a figura de Maria, o Movimento dos Focolares também é conhecido por Obra de Maria. Ora, é neste momento que entram em choque Chiara Lubich, fundadora da Obra de Maria e sua presidente até à sua morte em 2008, e a própria mãe de Cristo, a Virgem Maria.

Mas antes, é importante relembrar que a Igreja Católica e o próprio Movimento dos Focolares ou Obra de Maria têm no centro uma Mulher (Maria) a ser servida exclusivamente por homens (e só subsidiariamente por mulheres) no primeiro caso, por homens e mulheres em pé de igualdade no segundo.

Ora, qual é a mulher que não gosta de ser servida desta maneira, uma verdadeira rainha, e qual aquela que aceita ser outra e não ela a ocupar esse lugar?

-Eu não conheço nenhuma.

Por isso, aconteceu aquilo que era de prever. Chiara Lubich, presidente do Movimento dos Focolares ou Obra de Maria, uma Obra que é suposta ter Maria no centro, deu uma cotovelada em Maria - um chega p'ra lá - e pôs-se a ela própria no centro:

Foi quando declarou:

"Toda a alma dos focolares tem de ser uma expressão da minha e nada mais. A minha Palavra contém a de todos os focolares e focolarinas. Eu resumo-os a todos. Quando eu apareço, todos eles devem deixar levar-se por mim e comungar comigo. Tal como Jesus, eu digo-lhes: "E aquele que comer da minha carne..."" (cf. aqui)

Esta declaração diz tudo acerca do Movimento dos Focolares.  É uma seita idólatra destinada a idolatrar a pessoa da sua fundadora. A referência do Movimento deixou de ser a Virgem Maria e passou a ser a própria Chiara Lubich.

É isto mesmo que acontecerá  à Igreja Católica no dia em que ordenar mulheres - transformar-se-á num conjunto de seitas idólatras em concorrência feroz umas com as outras.

Resta acrescentar que, segundo alguns dos seus biógrafos, Chiara Lubich esteve internada em segredo num hospital psiquiátrico na Suíça cerca do ano de 1993.

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