(Continuação daqui)
IX. A família
"c) A família é o elemento fundamental da sociedade, célula base onde se processa a transmissão cultural, pela qual todos os valores fundamentais assimilados no passado são transmitidos de geração em geração, com as adaptações necessárias que a evolução dos tempos aconselhe, mas mantendo as especificidades que a experiência demonstrou como vitais." (cf. aqui, Secção II-A. Funções Executivas, nº 1, ênfases meus)
Existem três maneiras de as pessoas se relacionarem - pelo amor (v.g., na família), pelo interesse (v.g., na empresa) e pela força (v.g., no Estado).
O Chega hierarquiza estas três formas de relacionamento humano pela ordem indicada, dando prioridade à família como instituição de socialização, seguindo-se as organizações de interesses, como as empresas e as associações, e finalmente a instituição que detém o monopólio da força, o Estado.
É na família que são passados os saberes mais importantes aos jovens - a tradição, uma palavra que significa transmissão - e a família é, por isso, a instituição educacional por excelência.
Esta hierarquização do relacionamento humano e das correspondentes instituições sociais colide com a concepção socialista, que põe o Estado em primeiro lugar, seguindo-se a família e as empresas. A concepção socialista desvaloriza a família e a tradição e coloca em seu lugar, respectivamente, o Estado como principal educador dos jovens, e a ciência como forma primordial do conhecimento.
No Portugal socialista actual, as figuras proeminentes na sociedade são, por isso, os políticos e os administradores públicos, e a figura mais acarinhada é a figura do cidadão dependente do Estado, desde o funcionário público ao subsídio-dependente. Pelo contrário, na visão que o Chega tem para Portugal, as figuras proeminentes da sociedade seriam os pais (mãe e pai) e os professores - que é aquilo que os pais também são -, e a figura mais acarinhada seria a figura da criança (filho).
(Continuação)
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