24 julho 2020

um eclesiástico

Procurador-Geral Adjunto Albano Pinto, 72º na lista de antiguidades, com 5 anos, 4 meses e 3 dias de antiguidade na categoria à data de 31 de Dezembro de 2019 (cf. aqui), director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), às vezes considerado a sede da moderna Inquisição.


O magistrado Albano Pinto faz hoje notícia nos jornais pelo facto de em 2019 o DCIAP ter confiscado 19 milhões de euros a arguidos de crimes financeiros complexos (há quem estime que entre 30 e 50% deste valor foi confiscado a pessoas inocentes) (cf. aqui).

Este dinheiro, diz-se, reverte a favor do Estado.

Já se dizia o mesmo há séculos atrás quando em 1563 o Cardeal D. Henrique assinou o alvará referido no post anterior em que, afinal, os bens confiscados pela Inquisição eram doados aos inquisidores e estes podiam vendê-los sem pagarem impostos por serem "eclesiásticos" (cf. aqui).

Agora deve ser diferente embora, na farda e na postura, o procurador Albano Pinto tenha bastantes semelhanças com um eclesiástico.

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