A função principal do Ministério Público (que teve como antecessores a Inquisição e a PIDE), tal como está instituído em Portugal, é a de corromper a justiça democrática, de modo que os cidadãos deixem de acreditar na Justiça e também na democracia (foi essa igualmente a função da Inquisição e a da PIDE - a de inviabilizar a democracia. No caso da Inquisição ela começou por inviabilizar o protestantismo, que trazia consigo a democracia).
O exemplo maior e o exemplo paradigmático é a Operação Marquês. Foi desencadeada pelo Ministério Público em 2013. Passaram seis anos, e ainda não se sabe ao certo de que crimes é que os arguidos estão acusados e se algum dia irão a julgamento.
O tema é hoje objecto de humor generalizado na sociedade portuguesa, envolvendo cofres, dinheiro facilitador e heranças milionárias. Os principais personagens são os arguidos.
Mas convém não esquecer que quem montou o espectáculo foi o Ministério Público com uma acusação de 4 000 páginas e milhões de ficheiros informáticos.
Ninguém vai conseguir julgar uma coisa destas. É puro espectáculo. É a Justiça democrática transformada em puro espectáculo humorístico.
Sem comentários:
Enviar um comentário