III. Os contentores
O meu julgamento (cf. aqui) e o inquérito ao HSJ recentemente noticiado (cf. aqui) são dois momentos em que o DIAP se cruza com o Joãozinho.
Mas existe um terceiro, situado entre os dois anteriores.
Ocorreu em Abril do ano passado. Um pai indignado - Jorge Pires, hoje presidente da Associação de Pais - tinha vindo a público denunciar as condições miseráveis em que eram tratadas e internadas as crianças no HSJ.
No seguimento desta intervenção, foi a vez da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, levantar dúvidas acerca dos contratos de aluguer dos contentores onde as crianças há quase dez anos eram internadas (cf. aqui).
O DIAP teria aberto um inquérito na altura. Mas passaram-se meses e nada. Parece que sob a chefia do magistrado Y, que permaneceu na direcção do DIAP até Setembro desse ano, nada acontecia que pudesse pôr em causa a administração do HSJ ou os seus assessores jurídicos.
Chegou-se a Março deste ano e tinha passado quase um ano sobre as declarações da bastonária da Ordem dos Enfermeiros acerca dos contratos dos contentores. Nessa altura, a comunicação social voltou à carga. O Ministério Público respondeu que sim, que havia um inquérito, resultados é que não havia nenhuns (cf. aqui).
E agora, ano e meio depois, continua a não se saber nada sobre esse inquérito aos contratos dos contentores. Quanto mais não fosse para limpar a imagem, que ficou sob suspeita, das empresas e dos empresários envolvidos.
Nada. Nem sim nem sopas. Ano e meio não chega ao DIAP para analisar meia dúzia de contratos e tirar conclusões.
Por que será?
Será que o amor o cega? (cf. aqui)
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