A maneira como o Governo - através do Ministério da Saúde e da administração do HSJ - tem utilizado a ala pediátrica do Hospital de S. João para fins eleitorais é absolutamente miserável. E os jornalistas têm engolido tudo.
Ao longo do último mês as notícias sobre a construção da ala pediátrica do HSJ têm-se sucedido a um ritmo impressionante, e tudo serve para notícia. A notícia decisiva - "A obra começou" - essa é que nunca mais aparece.
No início do mês, foi anunciado que tinha sido escolhida a empresa para fazer a obra - a Casais (cf. aqui).
Em meados do mês era notícia uma portaria conjunta dos secretários de Estado do Orçamento e da Saúde a autorizar o HSJ a contratualizar a obra (cf. aqui).
A semana passada foi notícia uma cerimónia com pompa e circunstância que teve lugar no HSJ para assinatura do contrato (cf. aqui).
A questão que se põe é, então, a seguinte: Se está tudo pronto, se existe construtora, autorização governamental, e contrato assinado, por que é que a obra não começa?
É um mistério.
Poder-se-ia pensar que a obra vai começar na véspera das eleições, levando ao rubro a utilização do hospital de crianças para fins eleitorais. Mas é pouco provável porque não existe ainda estaleiro da obra no local e o Serviço de Sangue continua por deslocalizar.
Então, quando é que vai começar?
Ninguém sabe, alguns responsáveis apontam vagamente para os finais do ano, princípios do próximo.
Como quer que seja, o mistério persiste: se está tudo pronto por que é que a obra não começa já?
No próximo post ofereço a minha resposta para desvendar este mistério.
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