"No final do mês de Agosto fui surpreendido pela notícia da morte repentina de uma amigo de há muitos anos.
Fernando Castro tinha sido um dos pioneiros do sector juvenil do Movimento dos Focolares em Portugal. Quando o conheci na segunda metade dos anos setenta, liderava um grupo de jovens do Movimento empenhados naquilo a que se chamava "Operação África", em favor do povo bangwa, uma tribo dos Camarões que já correra o risco de extinção pelo alastrar de doenças. Essa e outras actividades de empenho social pretendiam responder a um apelo que Chiara Lubich, a fundadora dos Focolares, lançara então aos jovens: "morrer pela sua gente", como fizera Jesus no seu tempo, guiados pela luz do Evangelho que afirma que "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos". Interpretava-se este "dar a vida" não num sentido literal da morte física, mas como o doar todas as suas energias e esforços".
(Pedro Vaz Patto, "Dar a Vida pelos seus Amigos", Voz da Verdade, Setembro 2011, reimpresso em Crónicas Ainda Atuais, op. cit. p. 107)
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