Há uma semana, coincidindo com o final do ano, elegi aqueles que foram, para mim, o acontecimento do ano, o herói do ano e a figura do ano. Não me ocorreu mencionar a anedota do ano. Ainda estou a tempo de fazê-lo.
Não sem primeiro relembrar um episódio de um livro que li na adolescência e que me deixou gratas recordações. O livro tinha o título "Bom-humor nos tribunais" e o autor era um advogado (Montalvão Machado) que exerceu longos anos na província, e relatava episódios engraçados que se tinham passado em tribunal.
Num deles, julgava-se uma história de facada.
Às tantas, o juiz pergunta à testemunha:
-Em que altura da refrega é que o réu deu a facada à vítima?
Resposta da testemunha:
-Ai xenhor dotor ... eu não dixe ixo... não foi na refrega... foi entre a refrega e o embigue...
Cinquenta anos depois, para mim, a anedota do ano também se passou em tribunal. Foi no Tribunal de Matosinhos.
Foi esta (cf. aqui).
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