Tenho afirmado e reafirmado que o objectivo deste Governo e desta administração do HSJ, por ele nomeada, é não fazer nem deixar fazer a ala pediátrica do Hospital.
Num post que escrevi há cerca de três semanas em abono desta tese (cf. aqui), perguntava-me se, desde que o Governo tomou posse, e decorridos mais de três anos, estamos hoje mais perto ou mais longe da conclusão da ala pediátrica do HSJ.
A minha resposta foi a de que estamos mais longe. A 26 de Novembro de 2015, quando o Governo tomou posse, havia um projecto e uma obra em curso. Agora - respondia eu há três semanas - nem projecto existe, porque o Governo/HSJ mandou refazê-lo e só estará pronto no final do primeiro semestre de 2019.
Estamos hoje inequivocamente mais longe da conclusão dos trabalhos. Estes três anos serviram, não para dar passos em frente, mas para dar um passo atrás, regredindo da obra para o projecto.
Esta semana falou-se num dado novo e que até aqui nunca tinha sido mencionado. Em notícia lançada para a comunicação social, o HSJ dizia que iria receber o anteprojecto na Quarta-feira, o qual lhe seria enviado pela empresa de arquitectura (Aripa). A isso fiz referência neste post (cf. aqui).
Não sei se o anteprojecto chegou, mas admito que sim, embora não saiba a hora. (Normalmente os anteprojectos são entregues da parte da tarde, entre as 4:00 e as 5:00 com uma tolerância de 5 minutos para mais cedo ou para mais tarde. Vindo de Lisboa para o Porto, a tolerância é alargada para 7 minutos. A minha estimativa é que terá sido entregue às 4:47. Admira-me que não tenha saído nos jornais).
Não é esse, porém, o ponto importante. O ponto importante é que a introdução do anteprojecto no processo da ala pediátrica do HSJ representa mais um passo para atrás. Se até aqui se tinha regredido da obra para o projecto, agora regrediu-se do projecto para o anteprojecto. Dando a sensação de que está a fazer alguma coisa pela ala pediátrica, o Governo/HSJ está na realidade a andar para trás.
Qual é o próximo passo atrás que o Governo/HSJ pode dar neste processo?
Só existe mais um: dizer que a obra não é necessária. E é esse passo que, dentro de pouco tempo, se prepara para dar. E o objectivo do seu mandato fica atingido.
Sem comentários:
Enviar um comentário