16 novembro 2018

um fenómeno do Entroncamento

(Tema: Terrorismo Judicial - O Caso do Guardião do Tejo)


O processo de aterrorização do Arlindo Marques perpetrado pela sociedade de advogados Cuatrecasas através deste processo judicial desenvolve-se ao longo de duas vertentes, uma de natureza económico-financeira, outra de natureza psicológica.

A vertente económico-financeira possui duas componentes. Uma são os custos em que o Arlindo Marques tem de incorrer para se defender do processo, o qual - sobretudo havendo recursos, como é normal - pode prolongar-se por vários anos. Outra é a incerteza em que passa viver durante todos esses anos de vir a ter de pagar a indemnização de 250 mil euros que a Cuatrecasas, em nome da Celtejo, lhe reclama, e que lhe arruinará a vida.

A vertente psicológica também possui duas componentes. A primeira é a humilhação pública de o fazer sentar no banco dos réus. A outra é uma estratégia de destruição psicológica conhecida vulgarmente por "assassínio de carácter". É desta que tratarei agora.

Quem ler a queixa contra o Arlindo Marques (excertos aqui), concentrando-se nos traços que vão sendo pintados sobre o seu carácter ao longo de todo o texto, e no final se perguntar "Que tipo de homem é este?", a imagem a que vai chegar acerca da  pessoa e do carácter do Arlindo Marques é a de um louco sem cura ou a de um irreformável maníaco.

Aquilo que salta à vista imediatamente é que o Arlindo Marques é um mentiroso. Mas não um mentiroso qualquer. Ele é um mentiroso compulsivo que mente sem remorso uma vez, outra e ainda mais outra sem nunca parar.

Poderia pensar-se que o Arlindo Marques é uma daqueles mentirosos compulsivos cujas mentiras não fazem mossa a ninguém, como aquele que diz a um amigo que ontem esteve em Cacilhas quando, na realidade, esteve no Barreiro. Mas não. Ele é um mentiroso maldoso que mente com a intenção deliberada de causar mal aos outros.

O Arlindo Marques é também um homem solitário e um cruzado obsessivo, uma espécie de D. Quixote sem Sancho, que um dia, a partir do Entroncamento,  decidiu mudar o mundo e saiu à espadeirada contra uma empresa de celulose usando como arma simplesmente um rio.

Quando abre a boca é sempre sem fundamento e  para dizer  aquilo que lhe vem à cabeça, e parece sentir-se bem  neste papel de herói de adolescentes e  inspirador de movimentos sociais radicais.

É um vaidoso irreformável que mente com o único propósito de aparecer nas televisões e nos jornais para que os vizinhos, ao passarem por ele na rua, a caminho do trabalho, lhe possam dizer "Oh Arlindo, ontem vimos-te na televisão...", um sinal da importância social que a si próprio se atribui e sem a qual não consegue viver.

Nada disto teria importância se o Arlindo Marques não fosse um agitador de massas e um perigo público iminente que faz mover a comunicação social e estremecer o Parlamento. Por causa dos seus delírios, não têm conta as empresas que já foram à falência e  aquelas que estão para ir. Para não falar nos milhares de pessoas que os seus devaneios já levaram ao desemprego e à miséria.

Que credibilidade pode merecer um homem assim?

Nenhuma. O seu lugar é no manicómio ou na cadeia, um lugar onde o Arlindo Marques, incidentalmente, já passa uma boa parte da sua vida.

No final, fica a questão: Como é que a Cuatrecasas, uma das maiores sociedades de advogados do mundo, perde tempo com um homem assim, e ganha dinheiro à custa dele?; ou, como é que o Dr. José de Freitas gasta os seus talentos de advogado - e de presidente indigitado da associação dos advogados europeus - com um louco varrido como este?

Talvez porque o Arlindo Marques, ao contrário do que o Dr. José de Freitas quer fazer dele, seja em Portugal um raro exemplo de iniciatica cívica e cidadania democrática. Um genuíno fenómeno do Entroncamento.

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