13 novembro 2018

no álcool

Durante o período em que durou o meu julgamento por ofensas à sociedade de advogados Cuatrecasas e ao seu director Paulo Rangel, por virtude de um comentário no Porto Canal, houve um momento em que, perante tudo aquilo a que assistia na sala de audiências, me perguntei:

-Se tivesse de caracterizar numa só palavra tudo aquilo a que estou a assistir, que palavra utilizaria eu?

A pergunta e a resposta ficaram registadas neste blogue. E a resposta foi: impostura.

Agora, ao ler a queixa-crime formulada pela Cuatrecasas contra o Arlindo Marques, a pergunta que me ocorreu foi mais longe:

-Como é que eu acabaria se tivesse de viver uma vida profissional como advogado da Cuatrecasas a elaborar e a sustentar processos judiciais como aquele que foi formulado contra o Arlindo Marques?

Por outras palavras,

-Como é que eu acabaria se levasse uma vida profissional de impostor?

Toda a queixa contra o Arlindo Marques é uma impostura. As verdades ditas por ele que passam a ser mentiras, o rol interminável de "testemunhas", a jurisprudência do caso exposta de pernas para o ar, a exemplaridade da Celtejo na defesa do ambiente.

O parágrafo que reproduzo em baixo (cf. aqui) resume o que pretendo dizer: Como é que se pode afirmar em relação a um guarda prisional, que ganhará pouco mais de mil euros ao mês que, face "à previsível capacidade económica e financeira do Réu" uma indemnização de 250 mil euros é "equitativa", e que só peca por defeito ("modéstia"), quando a realidade é que o Arlindo Marques teria de trabalhar 20 anos sem comer, só para a pagar?

-Como é que eu acabaria se, como o Dr. José de Freitas, tivesse de viver uma vida a fazer coisas destas, a pensar e a viver permanente e maliciosamente fora da realidade?

A conclusão a que cheguei não é nada animadora:

-Creio que acabaria na droga, no álcool ou num hospital psiquiátrico.

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