Os políticos-advogados da Cuatrecasas, e seus correligionários, tiveram o pequeno troféu que ambicionavam - um despacho da Lusa, difundido em vários meios de comunicação social, a anunciar a minha condenação (cf. aqui).
Em breve se congratularam (cf. aqui).
Concedo-lhes esse pequeno troféu. Vivem de aparências e gostam da popularidade.
Mas é um troféu enganador porque, na realidade, a sentença do Tribunal de Matosinhos é uma pesadíssima derrota para os advogados.
Foram catorze advogados ao todo, dez como testemunhas, dois a representar a acusação particular e mais dois a representar a acusação pública (o magistrado que produziu a acusação mais o outro que esteve presente no julgamento).
Pois este batalhão de advogados, alguns bastante conhecidos, uns pertencendo ao Ministério Público, outros a duas sociedades de advogados, uma delas famosíssima e a segunda maior da Europa Continental, não conseguiram fazer vingar um único ponto na sentença.
Nenhum conseguiu provar um só facto - um só - que suportasse a minha condenação pelos dois crimes que me imputavam. Acabei por ser condenado por um dos crimes ("ofensa a pessoa colectiva"), mas por um facto relevado pelo juiz, não pelos advogados.
Os advogados - este batalhão de catorze advogados -, conseguiram zero. Literalmente, zero.
Não posso ser magnânimo. A sentença é uma grande vergonha profissional para os catorze advogados que estiveram do lado da acusação.
O assunto ainda não está terminado. Porém, completada a fase mais importante, tenho a sensação que nesta fase o David ganhou ao Golias. Contei, é claro, com a ajuda de uma advogada, com uma testemunha, com a grande independência de um juiz e com o blogue Portugal Contemporâneo.
Tenho também a sensação que os advogados, se soubessem o que sabem hoje, nunca se teriam metido nisto. E, sobretudo, a mais gratificante de todas as sensações - a ideia de que, da próxima vez, quando pensarem fazer isto a outro, vão pensar duas vezes.
1 comentário:
uma vitoria de Pirro para a cuatrecasas. onde é que eles fazem a festa mesmo? até a OA 'celebra' a vitória. Este país é uma piada de muito mau gosto.
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