Quem conhece o meu estilo já anteviu que eu me preparo agora para falar desenvolvidamente sobre um tipório, chamado Vasco Moura Ramos, que trabalha para a sociedade de advogados Cuatrecasas, que é assessora jurídica do Hospital de S. João.
Mas não. Como já falei dele suficientemente esta manhã, serei agora mais curto.
Ele é o autor de um parecer-mistério que na passada Sexta-feira levou o Presidente do Hospital de S. João, em declarações ao JN, a produzir a seguinte manchete: "Continente no S. João com parecer negativo", afirmando a seguir: "O parecer foi enviado para o Ministério da Saúde que concordou e o assunto ficou encerrado", isto é, o Joãozinho morreu.
Foi esta manchete que levou a Margarida Gomes do Público a pegar no assunto. Mas nas declarações que presta à Margarida, o jurista-mistério, autor do parecer-mistério, já diz que, afinal, não se trata de um "parecer", mas de uma simples "apreciação preliminar".
Mau, em que ficamos, afinal é um "parecer" ou uma simples "apreciação preliminar"?
Pois fique sabendo que não é nem uma coisa nem outra: aquilo que chegou ao Ministério foi uma mera "nota jurídica".
O que é que terá levado um fulano destes a induzir em erro quem lhe paga - o Presidente do HSJ - falando-lhe de um "parecer" quando, na realidade, se trata de uma mera "nota jurídica" sem qualquer valor para fundamentar uma decisão administrativa?
Quanto ao Joãozinho: está vivo, com saúde e recomenda-se.
4 comentários:
É com certeza fascinante o tema da diferença entre parecer e nota jurídica, para tanto esganiçamento dar ao professor, e o fulano que deu o parecer/nota jurídica merece o opróbrio universal, se não mesmo ao nível do blogue do senhor professor, por ter enganado o tipo do hospital (vamos fazer de conta que enganou…). Eu é que ainda nesta vida gostava de perceber como pôde um funcionário público prometer a cedência de um terreno do Estado a um privado para a construção de um supermercado. Mania minha, esta curiosidade. É que até as pessoas voluntariosas estão sujeitas a leis… Não? Até o Messias dizia que a Cesar o que é de Cesar, a Deus o que é de Deus”. Eu sei que o professor quer evangelizar de novo este nosso Portugal, mas ainda não chega a Messias. Eu acho que primeiro tem de atravessar o Douro a pé descalço.
> atravessar o Douro a pé descalço
Como era aquela anedota que rematava, "Oh Pedro, ensina lá ao Judas o caminho das pedras!"
Pois- esse gabiru chegou a gabar-se de ter inventado um pretexto para uma gigantesca obra que o Estado acabaria por pagar.
e disse que era para o hospital todo e não apenas para fazer ala para as crianças. Só que, deixando as crianças no barracão e andando com esse choradinho era mais fácil arranjar quem contruísse o suficiente até esse suficiente ser demais para o Estado não acabar por fazer a obra.
Está online tudo isso, quando me dei ao trabalho de entender a historieta e quem a inventou. Foi o que sasiu da direcção e nunca mais deu a cara (nem o dinheiro) por nada. Esse Ferreira que estudou aí, trabalhou aí, ganhou prémio que lhe subiu à cabeça aí, e queria deixar memorial aí.
Com estátua equestre em cima do Continuente- os dois- o Joãozão e o joãozinho.
O gajo saltou da toca...
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