Quem será o jurista-mistério, a quem a Margarida Gomes neste artigo concede a protecção do anonimato - a única pessoa que presta declarações no artigo sem revelar a sua identidade - e que se define a si próprio como um especialista em contratos públicos e direito administrativo?
Chama-se Vasco Moura Ramos, é assistente da Faculdade de Direito de Coimbra há 17 anos (significando que nunca vai conseguir chegar a Professor, mas este foi o único especialista que a Margarida conseguiu arranjar) e trabalha para os escritórios do Porto da sociedade de Advogados Cuatrecasas, Gonçalves Pereira.
Esta sociedade teve até há pouco como director e figura proeminente no Porto o jurista e político Paulo Rangel, que, em Junho deste ano, por razões que me parecem óbvias ("Não se pode servir a dois senhores"), cedeu o lugar de director ao seu braço-direito Filipe Avides Moreira.
O escritório do Porto da sociedade de advogados Cuatrecasas no Porto é o maior inimigo do Joãozinho.
A Margarida deveria procurar saber porquê, se é que não sabe já. Eu começaria por lhes fazer a seguinte pergunta: "A Cuatrecasas no Porto é um escritório de juristas profissionais ou uma célula partidária - ou as duas coisas ao mesmo tempo?"
E depois, colocaria a pergunta fatal: "Quanto é que vocês deixariam de ganhar se, sempre que há obras (públicas) no Hospital de S. João - algo que acontece em catadupa -, essas obras deixassem de ser feitas com dinheiro público (envolvendo a organização de concursos públicos, a escolha do júri, a selecção da empresa vencedora, os contratos públicos de adjudicação, o acompanhamento jurídico desses contratos públicos, etc.) e passassem a ser feitas por via mecenática, como a do Joãozinho?"
6 comentários:
Não nos interessa nada a opinião pessoal que o Pedro Arroja tem do jurista ou os processos de intenções contra o mesmo ou contra o escritório. Isso é conversa de comadres. A mim, e julgo que a todos, o que interessa é conhecer o tal parecer jurídico e eventual parecer jurídico contrário que tenha, para se avaliar a razão de um e outro. Não sei se sabe, mas existem leis e construir um hospital num terreno do Estado, com ou sem mecenato, não é a mesma coisa que construir um galinheiro no seu quintal. O resto é paleio fiado, muita conversa.
Se o tal parecer jurídico for baseado numa falsidade, que me interessa a mim conhecê-lo?
Mostrem o parecer jurídico porque o resto é mesmo conversa de comadres.
E perguntem a esta nova Direcção do Hospital se concorda com as obras porque estes não assinaram nada. E os que assinaram saltaram fora.
Agora um hospital no centro da cidade já é uma coisa complicada. Incluir lá dentro um supermercado, escolas e mais não sei quanta palhaçada, é absoluta loucura.
Para pediatria já existe outro no tempo em que andaram a empatar com as obras e preferiram gastar o dinheiro noutras alas de outras especialidades.
Porque as criancinhas davam mais jeito para a chantagem emocional do peditório. Para alimentar egos.
"Anónimo José Lopes da Silva disse...
Se o tal parecer jurídico for baseado numa falsidade, que me interessa a mim conhecê-lo?"
Como? Eu tenho por hábito ler para poder avaliar. Não emprenho pelas orelhas ou por postes em blogues. Eu nem sequer li a noticia do Público, que me diz tanto como os posts do Pedro Arroja. Gostava de saber do que se está a falar, incluindo o tal parecer e o mais que houver. Se está mal fundamentado ou não, eu é que decido pela minha cabeça.
O da Silva é morcão da bola e isto também vive de bairrismo.
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