O FRACASO DA TERCEIRA VIA - III
Quando vemos um comboio a alta velocidade em direção a uma parede, devemos
agitar a bandeira vermelha, o mais possível. Ora, eu penso que a chamada
terceira via (3ª via) é a ideologia que conduz esse comboio, a UE, para o
desastre.
Que fazer?
É necessário conciliar os êxitos da globalização com os valores que nos são
mais caros. A comunidade, claro, mas também a oportunidade de cada um buscar a sua
felicidade e de se realizar como ser humano.
Comecemos pela globalização. Vou partir do princípio que o seu impacto, em
termos económicos é positivo. E chamar a atenção apenas para os aspetos
negativos.
O principal, quanto a mim, é alocar o risco de investimentos globais a
entidades nacionais, chamando os contribuintes nacionais a resgatar entidades
multinacionais.
Isto aconteceu especialmente com os bancos, na Islândia e na Irlanda, mas
também um pouco por todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, um volume
significativo de imparidades bancárias foi registado além-fronteiras.
Para travar o movimento antiglobalização, é necessário que todas as operações de financiamento global sejam
securitizadas a nível global, por sindicatos bancários ou entidades
supranacionais.
Um segundo aspeto, talvez menos relevante, mas ainda com grande impacto, é
a necessidade de revogar a legislação
internacional que uniformiza os mercados e facilita as economias de escala,
mas que prejudica as pequenas empresas nacionais.
Este tipo de regulamentação deve obedecer ao princípio da subsidiariedade,
cabendo a cada Estado tomar as medidas que considere necessárias e equilibradas.
Relativamente a preservar valores, identidades e soberania nacional, julgo
que há alguns aspetos essenciais.
A imigração tem de ser controlada, de modo a não
descaracterizar as comunidades. O contrário tem incentivado uma xenofobia e
racismo que julgávamos extinto. Como?
Deixando a decisão sobre aceitar mais imigrantes às comunidades locais.
Autarquias e distritos, de modo a envolver as populações neste processo. Julgo
que não pode ser o Estado, de forma ditatorial, a impor quotas.
A iniciativa individual tem de ser defendida. Em particular o
empreendedorismo, a possibilidade de cada um desenvolver os seus projetos num
quadro de competição saudável.
Para que isto aconteça, o Estado não pode garantir monopólios a quaisquer
entidades, públicas ou privadas. O mercado só funciona quando é livre, o
contrário é garantir rendas que saem caras a todos.
O quadro de desequilíbrio fiscal entre as PME’s nacionais e as
multinacionais tem de ser alterado. De todos os problemas da globalização, este
é o mais fácil de resolver, como? Isentando as startups de impostos até um
limite de faturação previamente determinado. 1 M€ parece-me razoável.
Se não for possível atacar os problemas que enunciei, de frente e de forma
decidida, estou convencido que a globalização, como a conhecemos, terminará a
curto prazo.
A UE, por seu turno, entrará num processo irreversível de desintegração.
6 comentários:
Eu também sou a favor do sol na eira e a chuva no nabal.
Aliás, isso é que ficava bem na letra do "Imagine".
Bué da fixe.
Meus.
(Fora isso, é a primeira vez que vejo um globalista a defender o programa Trump ;-)
espero que tenha razão e que a globalização e a ue vão pelo cano : um big estado nação sem rei nem roque construido e manipulado por chupistas não interessa a nenhum cidadão normal .
Diga não à Nova Ordem Mundial.
A globalização é irreversível.
Pode é ter variantes locais por causa da guerra. Agora o avanço técnico só volta atrás com cataclismo nuclear.
Já nem se trata de fazer regredir os países emergentes e fechar-lhes o comércio. Seria antes o inverso- cada país europeu fechar-se e tornar-se uma Coreia do Norte
Para mim o Dr Joaquim está sempre certo. A milhares de anos e desde que o conheço.
Entretanto encontrei esta pérola para o nosso amigo:
https://www.youtube.com/watch?v=SW6FrrAS62E
D. Costa
A imigração tem de ser controlada, de modo a não descaracterizar as comunidades. O contrário tem incentivado uma xenofobia e racismo que julgávamos extinto. Como?
Deixando a decisão sobre aceitar mais imigrantes às comunidades locais. Autarquias e distritos, de modo a envolver as populações neste processo. Julgo que não pode ser o Estado, de forma ditatorial, a impor quotas.
A decisão de aceitar refugiados é como a de aceitar lixeiras: em principio toda a gente é a favor mas depois ninguém as quer na sua vizinhança. Logo este é um daqueles temas em que administração central é absolutamente necessária. Se estas decisões forem deixadas a cargo das"comunidades" (o que quer que isso seja...) nem um refugiado será aceite.
Rui Silva
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