29 outubro 2016

o fracasso da terceira via III

O FRACASO DA TERCEIRA VIA - III


Quando vemos um comboio a alta velocidade em direção a uma parede, devemos agitar a bandeira vermelha, o mais possível. Ora, eu penso que a chamada terceira via (3ª via) é a ideologia que conduz esse comboio, a UE, para o desastre.

Que fazer?

É necessário conciliar os êxitos da globalização com os valores que nos são mais caros. A comunidade, claro, mas também a oportunidade de cada um buscar a sua felicidade e de se realizar como ser humano.

Comecemos pela globalização. Vou partir do princípio que o seu impacto, em termos económicos é positivo. E chamar a atenção apenas para os aspetos negativos.

O principal, quanto a mim, é alocar o risco de investimentos globais a entidades nacionais, chamando os contribuintes nacionais a resgatar entidades multinacionais.

Isto aconteceu especialmente com os bancos, na Islândia e na Irlanda, mas também um pouco por todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, um volume significativo de imparidades bancárias foi registado além-fronteiras.

Para travar o movimento antiglobalização, é necessário que todas as operações de financiamento global sejam securitizadas a nível global, por sindicatos bancários ou entidades supranacionais.

Um segundo aspeto, talvez menos relevante, mas ainda com grande impacto, é a necessidade de revogar a legislação internacional que uniformiza os mercados e facilita as economias de escala, mas que prejudica as pequenas empresas nacionais.

Este tipo de regulamentação deve obedecer ao princípio da subsidiariedade, cabendo a cada Estado tomar as medidas que considere necessárias e equilibradas.


Relativamente a preservar valores, identidades e soberania nacional, julgo que há alguns aspetos essenciais.

A imigração tem de ser controlada, de modo a não descaracterizar as comunidades. O contrário tem incentivado uma xenofobia e racismo que julgávamos extinto. Como?

Deixando a decisão sobre aceitar mais imigrantes às comunidades locais. Autarquias e distritos, de modo a envolver as populações neste processo. Julgo que não pode ser o Estado, de forma ditatorial, a impor quotas.

A iniciativa individual tem de ser defendida. Em particular o empreendedorismo, a possibilidade de cada um desenvolver os seus projetos num quadro de competição saudável.

Para que isto aconteça, o Estado não pode garantir monopólios a quaisquer entidades, públicas ou privadas. O mercado só funciona quando é livre, o contrário é garantir rendas que saem caras a todos.

O quadro de desequilíbrio fiscal entre as PME’s nacionais e as multinacionais tem de ser alterado. De todos os problemas da globalização, este é o mais fácil de resolver, como? Isentando as startups de impostos até um limite de faturação previamente determinado. 1 M€ parece-me razoável.

Se não for possível atacar os problemas que enunciei, de frente e de forma decidida, estou convencido que a globalização, como a conhecemos, terminará a curto prazo.


A UE, por seu turno, entrará num processo irreversível de desintegração.

6 comentários:

Euro2cent disse...

Eu também sou a favor do sol na eira e a chuva no nabal.

Aliás, isso é que ficava bem na letra do "Imagine".

Bué da fixe.

Meus.

(Fora isso, é a primeira vez que vejo um globalista a defender o programa Trump ;-)

marina disse...

espero que tenha razão e que a globalização e a ue vão pelo cano : um big estado nação sem rei nem roque construido e manipulado por chupistas não interessa a nenhum cidadão normal .

Vivendi disse...

Diga não à Nova Ordem Mundial.

zazie disse...

A globalização é irreversível.

Pode é ter variantes locais por causa da guerra. Agora o avanço técnico só volta atrás com cataclismo nuclear.

Já nem se trata de fazer regredir os países emergentes e fechar-lhes o comércio. Seria antes o inverso- cada país europeu fechar-se e tornar-se uma Coreia do Norte

Anónimo disse...

Para mim o Dr Joaquim está sempre certo. A milhares de anos e desde que o conheço.
Entretanto encontrei esta pérola para o nosso amigo:


https://www.youtube.com/watch?v=SW6FrrAS62E

D. Costa

Harry Lime disse...

A imigração tem de ser controlada, de modo a não descaracterizar as comunidades. O contrário tem incentivado uma xenofobia e racismo que julgávamos extinto. Como?

Deixando a decisão sobre aceitar mais imigrantes às comunidades locais. Autarquias e distritos, de modo a envolver as populações neste processo. Julgo que não pode ser o Estado, de forma ditatorial, a impor quotas.


A decisão de aceitar refugiados é como a de aceitar lixeiras: em principio toda a gente é a favor mas depois ninguém as quer na sua vizinhança. Logo este é um daqueles temas em que administração central é absolutamente necessária. Se estas decisões forem deixadas a cargo das"comunidades" (o que quer que isso seja...) nem um refugiado será aceite.

Rui Silva