19 agosto 2016

a investida

O grande adversário do Estado-Social ou Estado-Providência é a Igreja Católica.

O Estado-Social foi criado por Bismarck na Prússia, depois de ter expulso a Igreja Católica, e para substituir as funções assistenciais da Igreja.

A Igreja faz caridade com dinheiro voluntário; o Estado-Social com dinheiro imposto.

A Igreja faz caridade com trabalho voluntário e de forma pessoalizada; o Estado-Social fá-la com uma burocracia paga e de forma impessoal.

Em cada comunidade ou paróquia, a Igreja tem lá um padre para saber quem necessita e quem não necessita; o Estado Social decide a atribuição a partir de gabinetes, às vezes a centenas de quilómetros dos necessitados (quando, na realidade, o são).

Recentemente, o Presidente da Câmara do Porto disse-me que entregou as funções sociais da Câmara aos padres da Igreja. Quem, melhor do que os padres que andam lá metidos no meio da população, sabe quem necessita e quem não necessita?

Mas o Estado central em Lisboa - imagino com o entusiasmo e por ordem dos partidos que  apoiam o Governo - continua a investida contra a Igreja. Vale tudo, mesmo a violação da Concordata. É assim o Estado de Direito em Portugal - o Direito é para cumprir mas é pelos súbditos, não pelos soberanos.

E os actuais soberanos não são de meias-medidas, alguns são até radicais - ou vai ou racha.

43 comentários:

Rui Alves disse...

Curioso é que os nossos primeiros soberanos respeitavam a Igreja. Esta sanha dos soberanos contra a Igreja é relativamente recente, talvez com dois séculos e meio. Iniciada, provavelmente, pelo tal funcionário público que mencionou no post anterior.

Rui Alves disse...

"Vale tudo, mesmo a violação da Concordata."

Também o desesperado Filipe IV de Espanha, após falir o seu reino e o entregar nas mãos dos banqueiros e usurários, rasgou todos os acordos que o seu avô (Filipe II de Espanha) estabelecera com o território autónomo português. Com o resultado que conhecemos.

Soa familiar? A História não se repete, mas rima...

Ricciardi disse...

As coisas mudaram. Os párocos estão distantes da esmagadora maioria das pessoas. Pela simples razao de que as pessoas não frequentam a missa. Arriscaria mesmo afirmar que nem 1% dos portugueses sabem quem é o padre da paróquia. Principalmente nas cidades.
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A caridade deve ser complementar à solidariedade. A caridade devém duma opção individual. A solidariedade é uma consciência ética da sociedade representada pelo estado ou por instituições particulares.
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A igreja não substitui o banco contra a fome, nem apoios estatais urgentes a casais desempregados com filhos.
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Mas pode ser complementar e até pode trazer à luz casos que tenha conhecimento.
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A concordata é respeitada. Julgo tratar-se de notas de cobrança informáticas disparadas sem o devido cuidado de saber que o proprietário está isento. Ao que parece isto ocorre há muitos anos. Em todo caso, o proprietário ( a igreja ou comissão fabriqueira) só tem que apresentar a devida justificação. Em alguma situação a igreja foi obrigada a pagar imi.
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Rb

Luis disse...

em Portugal a Igreja Católica ser perseguida !!!??? ainda por cima nos tempos que correm...

Rui Alves disse...

"Em todo caso, o proprietário ( a igreja ou comissão fabriqueira) só tem que apresentar a devida justificação."

Ricciardi
Os padres estão a queixar-se de que só lhes foi dado quinze dias para essa justificação, numa altura em que muitos deles estão ausentes em férias. Houve mesmo um padre que comentou a um jornal que, se estivesse de férias por esta altura, teria perdido a hipótese de contestar o imposto.

Vivendi disse...

Boa malha PA.

Pena que os portugueses andem alheados da verdade e não existe um movimento de verdadeira elite para mostrar a verdade à comunidade.

A verdade neste país está confinada a uns poucos blogues.

A igreja coitada... está entalada entre a esquerda radical e a maçonaria e vai levar porrada até mais não.

Ao povinho o confisco segue imparável e em breve atacarão pela lei das heranças.


Ricciardi disse...

Bem, mas a Igreja tem algumas vantagens indevidas. Tem isenção dalguns impostos em áreas puramente comerciais, como é o caso das escolas católicas e universidades. Ora, uma coisa é isentar a igreja do pagamento de impostos sobre a actividade religiosa e caritativa, outra coisa é isenta-la de actividades comerciais que concorrem no mercado.
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Não conheço bem como funciona a igreja em termos de dinheiros. No entanto, se os lucros das actividades comerciais da igreja em portugal saírem do país (para financiar a casa mãe (Vaticano)) as mesmas não devem ser isentas de impostos. Seria justo isentar as actividades comerciais da igreja se essa actividade servir para financiar obras da igreja em Portugal. Se não servir e for expatriado o dinehrio então não deve estar isenta.
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Rb

Ricciardi disse...

R Alves, lamento que o prazo seja curto e que possa estragar as férias de quem quer que seja. Estamos juntos nessa luta. Mas é assim comigo, consigo e para os padres. Com uma vantagem para os padres. Basta em 15 dias escrever um ma carta e anexar o estatuto de entidade isenta ao abrigo da concordata. É só ir ao arquivo tirar uma cópia e enviar para o fisco.
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E mesmo que o não faça em 15 dias ainda tem os tribunais para anular a cobrança de imposto.
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Rb

sampy disse...

Ricciardi, a igreja não substitui o banco contra a fome; a igreja é o maior parceiro do banco contra a fome.

Anónimo disse...

Com um Governo de mata-frades como o que temos, o que esperar?
E pensar que virá alguma espécie de resposta da hierarquia é pensar errado: com o Papa actual, mais maçónico que o Fernando Lima, reina a submissão.
Que saudades do nosso Pastor Alemão ou de Karol Wojtyła!

Anónimo disse...

Pois, Mestre. Mas é que a populaça prefere o estado social impessoal e burocrático, isto é, o cheque pelo correio, a ir para a fila da caridade buscar um caso de arroz ou livros escolares para os filhos. A caridade da Igreja, para eles, é só um recurso extremo, que preferem evitar. Os hipócritas que aqui apoiam o Mestre não dispensam o abono de família e outros bonbons do estado social, não é, queridos?

Anónimo disse...

Já agora, a minha freguesia tem cerca de 30 mil habitantes. Sei que há uma igreja, com um padre, mas deve ser frequentada por não mais de cem pessoas, sobretudo em dias de casamentos... não conheço o padre, nem o padre me conhece de lado nenhum, nem à esmagadora maioria dos habitantes da minha freguesia. Mas o Pedro Arroja parece achar que sim e vai morrer com a convicção firme de que somos ainda um país católico, em que os padres ainda têm influência. Já alguém um dia aqui insistiu comigo, muito irritado, que o Pedro Arroja é muito inteligente. Ainda não percebi porquê, nem em quê.

Ricciardi disse...

Foi isso que eu disse.

Ricciardi disse...

Foi isso que eu disse.

Anónimo disse...

Tem razão, Ricciardi.

Anónimo disse...

"Não conheço bem como funciona a igreja em termos de dinheiros"....diz o ricardinho. Então em vez de vires defenderes o estado totalitário fiscal, cala a boca e não digas disparates.

Luis disse...

Portugal=Católico o resto paisagem...os Católicos serem perseguidos em Portugal é um atentado terrorista !!!

Josephvs disse...

" Mas o Pedro Arroja parece achar que sim ..."

Nossa Sra :

"Em Portugal conservará-se-a sempre o dogma da Fé"

Harry Lime disse...

O Estado-Social foi criado por Bismarck na Prússia, depois de ter expulso a Igreja Católica, e para substituir as funções assistenciais da Igreja.


Depois de ler esta página

https://en.wikipedia.org/wiki/Kulturkampf#Kulturkampf_in_Germany

Cheguei à conclus\ao de que o que o Bismarck pretendia era apenas a concretizaç\ao do famoso prinicpio "A Cesar o que é deCesar, a Deus o que é de Deus" (palavras de Jesus Cristo)... que a Igreja Catolica se tenha oposto é sintomático do quanto ela se afastou das palavra de Cristo.

Mais, este texto também sugere que o Bismarck fez apenas o suficiente para enquadrar a Igreja Catolica nas insituições od Império Alemão ficando aquem das ambições mais violentas dos libreais.

De resto, houve discussões, panfletos, e amnifestaç\oes. Mas não há registos de violencia nem perseguições fisicas. E sim, a Igreja Catolica ficoua perder... e depois?

Rui Silva

Harry Lime disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Harry Lime disse...

Mas o Estado central em Lisboa - imagino com o entusiasmo e por ordem dos partidos que apoiam o Governo - continua a investida contra a Igreja. Vale tudo, mesmo a violação da Concordata. É assim o Estado de Direito em Portugal - o Direito é para cumprir mas é pelos súbditos, não pelos soberanos.

Fonix, outra vez a conversa da treta do "Bom Povo do Norte" contra os "Poder Malevolo de Lisboa". Que parvoice.

Querem a independência? fiquem lá com ela e com o poder dos padres. A gente compra-vos o vinho como os ingleses.

Rui Silva

Pedro Sá disse...

Segundo sei nada foi legal nem procedimentalmente alterado.

Contudo, a diferença tem uma razão básica e lógica: ser consequência de existirem DIREITOS. O que não acontece em sede de caridade.

Luis disse...

As Forças Armadas tem que por mão em Portugal era só o que faltava a Civilização Católica em Portugal ser perseguida nos tempos que correm...os Católicos serem perseguidos em Portugal como estão a ser perseguidos no Levante !!!?? era só o que faltava a Daesh ideologia da Catalunha já ter mais poder em Portugal que a Civilização Católica Lusitana

Ricciardi disse...

A Igreja precisa urgente de 'agarrar' está nova geração. Deve actualizar-se e preparar-se para o sex xxi. Multimédia e sistemas de informação novos devem ser prioridade.

A juventude está a deixar de ir à missa. Ainda são baptizados porque os pais assim decidiram, mas os filhos provavelmente já não serão.
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Os rituais são a base da igreja. De qualquer religião. O baptismo, a comunhão, a confissão, o casamento, a missa etc. Ora, grande parte dos jovens já não casa, não confessa pecados, não vão baptizar filhos e a missinha nem pensam nela.
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A missa deve ser mais atractiva para esta geração mais ligada ao multimédia. E novas intersecções com tablets e telemóveis devem ser encontradas.
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Missas com monitores que acompanham o sermão com imagens e que reproduzem as rezas do Pai Nosso. Confissões de pecados por whatsup ou skype, hóstia digital, caçar santos nas igrejas em vez de caçar pokemones, pagamentos de esmolas por telemóvel, newsletters para fiéis anunciando actividades sociais da igreja, marcações de batizados e casamentos por telemóvel, criação dum facecatólico etc.
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Enfim, posso estar a exagerar nestas mudanças mas alguma coisa a igreja deve fazer para se manter num mundo que, pela primeira vez na história, usa a distância q a tecnologia convoca, para aceder e fazer parte. O templo será cada vez menos um local físico como a capela ou igreja e mais o telemóvel de cada um. É o que é.
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Rb

Anónimo disse...

"Confissões de pecados por whatsup ou skype"

Bestial, Ricciardi!
Conversas de confessionário armazenadas para sempre em servidores da Microsoft.

Tem mais ideias brilhantes?

José Lopes da Silva disse...

Caro "Anónimo disse... Já agora, a minha freguesia tem cerca de 30 mil habitantes",

Para conhecer o pensamento do Pedro Arroja é preciso ir ler os arquivos e o pensamento que ele desenvolveu neste blog desde cerca de 2007, especialmente até ali por 2011 ou 2012. E talvez um pouco do Blasfémias.

Quanto ao facto de Portugal ser um país em secularização crescente, especialmente nas gerações mais novas, e uma secularização sem precedentes nem comparações com as duas outras "vitórias" da democracia/esquerdismo/laicidade/ateísmo (a de 1834 e a de 1910), isso é algo que eu lhe referi já em 2007 e que ele nunca fez caso.

Ainda assim, isso não significa que as novas gerações venham a adoptar comportamentos de culturas protestantes. (...mas também já estiveram mais longe disso. Ou pelo menos, nunca estiveram tão perto.)

Se você quiser avaliar o Pedro Arroja por estes posts naturalmente facciosos, como seria de esperar ("é preciso ajudar a Igreja, e não criticá-la") ou por ele ir à televisão... é consigo.

Ricciardi disse...

Tenho pá. Alojar as confissões directamente numa nuvem para ficar mais perto de Deus.
.
Rb

Ricciardi disse...

Tenho pá. Alojar as confissões directamente numa nuvem para ficar mais perto de Deus.
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Rb

Anónimo disse...

"Fonix, outra vez a conversa da treta do "Bom Povo do Norte" contra os "Poder Malevolo de Lisboa". Que parvoice.

Querem a independência? fiquem lá com ela e com o poder dos padres. A gente compra-vos o vinho como os ingleses."

Quem é a gente ?

Se for só a malta de Lisboa, teriam depois de pensar com que dinheiro é que fariam essa compra.

marina disse...

ya , só falta contratar o travolta para padre ou um preto aleluiaaaaa e uma gaja boa para ler o sermão e prontos , temos a missa logo cheia de jovens.
ele há cada cromo que até , nem sei. acho que foi o maior chorilho de disparates que já li na vida.
e há montes de facebooos católicos , home.

Ricciardi disse...

Bem, quando a missinha passou a ser falada na lingua corrente de cada povo, não faltaram marinas a discordar por tamanha evolução. Quando introduziram bancos para o pessoal se sentar as velhotas marinas acharam aquilo um forrobodó. Quando as mulheres puderam ir e até mostrar os cabelos soltos foi o fim do mundo. O que chocou mesmo as marinas foi subir ao púlpito uma mulher para ler partes dos sagrados textos. A mulher devia estar calâda durante a missa (s.paulo).
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A igreja vai introduzir inovações brevemente. A mulher vai poder baptizar, casar. Mais do que isso só daqui a umas décadas.
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Quanto a travoltas. O moço até canta bem. Mas há melhores. A igreja sempre foi buscar os melhores para cantar. O canto gregoriano etc. Porque não usar bons tenores, bons cantores da actualidade? É uma forma de atrair e evangelizar sem mácula. A diferença é que antigamente o pessoal era mais evoluído do que a beataria actual.
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É como dizia o meu avô quando eu lhe dizia que gostava muito de mobílias antigas da casa dele: oh rb o teu trisavô que me deixou estas mobílias era uma pessoa extremamente evoluída e moderna. Tudo isto são coisas ultra modernas para a altura.
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Rb

Ricciardi disse...

Na verdade os rituais precisam de ter um incentivo para se implantarem e, fundamentalmente, se manterem.
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Sem rituais a igreja colapsa.
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Acontece que os rituais devem ser adotados ao mundo em cada momento. A ideia é que a Palavra passe e penetre com maior facilidade. A ideia não é manter hábitos mecânicos.
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Na verdade o pessoal que vai à missa está mortinho por ouvir a palavra ide em paz e que Deus vos acompanhe, altura em que se faz um sinal da cruz a grande velocidade e se basa dali. A maior parte repete o credo ou outra oracao sem perceber ou atentar para o que está a dizer. Porque é coisa mecanica, ululante, de carneiragem. Se visualizassem em ecrãs o que se estava a dizer num formato multimédia interessante passavam a gostar mais daquilo que proferem e dar mais valor à substância.
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Inovar não quer dizer achincalhar. O respeito é muito bonito e eu aprecio.
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Rb

Anónimo disse...

Caro José Lopes da Silva, fica-lhe bem o seu esforço de exegese das escrituras do Prof. Pedro Arroja, a evolução do seu pensamento, aquilo que deve ou não ser levado a sério, etc, mas não entendi nada do que quer dizer. O Pedro Arroja diz a mesma coisa há anos: que a Igreja tem um papel determinante na vida dos portugueses. Ora, está errado. Não só está errado, como demonstra uma profunda ignorância e uma bizarra incapacidade de análise da sociedade portuguesa. Sobre economia, que julgo será a sua especialidade, não me pronuncio sobre as suas capacidades.

Anónimo disse...

Josephus, a Nossa Senhora, não sei, mas a Minha Senhora diz que a malta já não quer saber de fé. A Nossa Senhora devia tentar as soluções avançadas pelo Ricciardi.

Rui Alves disse...

"Na verdade o pessoal que vai à missa está mortinho por ouvir a palavra ide em paz e que Deus vos acompanhe, altura em que se faz um sinal da cruz a grande velocidade e se basa dali."

Ricciardi, a prudência recomenda que fale só por si.

A menos que tenha feito algum inquérito a uma amostra representativa dos católicos portugueses, ou que tenha o dom da omnisciência.

Anónimo disse...

Rui Alves, é exagerado de facto dizer que todas as pessoas que vão à missa ficam mortinhas pelo fim. Mas, diga-me uma coisa: costuma ir à missa? Aqueles bancos de pau são um bocado duros e sobretudo os mais velhos devem ficar cansados e doridos do senta, levanta, ajoelha. Eu digo-lhe da minha experiência. Quando era jovenzito, a minha mãe mandava-me à missa. Era daquelas coisas que tínhamos que fazer ao domingo, como ir à catequese. Contava para a estatística... Ia uma ranchada de miúdos e eu garanto-lhe que quando chegava à parte da comunhão, já ficávamos aliviados. Depois era só esperar pelo "ide em paz e que Deus vos acompanhe", e pronto, parecíamos pardalitos soltos. Acredito que o mesmo se passava com muitos adultos. Aliás, eu sei que o mesmo se passava com muitos adultos. Nem para tudo é preciso "inquéritos"; basta a experiência de vida e alguma idade.

José Lopes da Silva disse...

Caro "Anónimo disse",

"que a Igreja tem um papel determinante na vida dos portugueses."

Não é bem isso que ele diz. Ou melhor: não é essa a melhor lição que podemos tirar do que ele diz. A si, falta-lhe subtileza ou mais abertura de espírito para entender os pontos de vista contrários.

Rui Alves disse...

"Mas, diga-me uma coisa: costuma ir à missa?"

Caro Anónimo
Sim, semanalmente, com a minha família. De resto, nunca ouvi alguém se queixar da dureza dos bancos, nem nunca soube de doenças causadas pelo acto de se ajoelhar durante os dois minutos da Consagração.

Por exemplo, acha que estes jovens, ou estes, ficam ansiosos pelo fim da missa para se pisgarem?

marina disse...

sim sim claro , a malta de antigamente adorava aturar os fretes e sermões da missa. , já me tinham dito que aquilo era prazer , nada de obrigação :) e que a função social da religião/rituais , o mostrar a fatiota e o encontro de domingo pós missa , o potlach dos casórios e tal eram só um adereço ...


eu apostava mais nisto para chamar os fieis à missa :)

http://www.mozambicano.com/falsos-milagres-grupo-denunciam-que-sao-contratados/

e em fechar centros comerciais , bares e redes sociais . proibir as mulheres de socializar em todo o lado menos no adro da igreja tb é capaz de resultar :)

Ricciardi disse...

Sim Rui Alves, não falo por mais ninguém. É a percepção que eu tenho das coisas. Corroborado pela simples análise à decadência nas audiências das missas domingueiras.
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O concílio Vaticano II , na década de 60, centrou as atenções menos nas questões de dogma e mais nas questões de actualização da igreja. Ratzinger participou, ainda jovem, nesse concílio e até estava no lado dos progressistas, daqueles que queriam actualizar as liturgias etc.
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A principal razão para se fazer aquele concílio era o facto de se temer poder haver nova cisão na igreja que levasse a outra Reforma protestante. E, portanto, inteligentemente, os progressistas da igreja (apoiados pelo papa) introduziram novos meios de evitar nova cisão.
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Na actualidade torna-se necessário outro concílio daquela natureza. Porque o mundo dos anos 60 e de agora é muito diferente. O mundo é digital, de informação, multimédia, onde os espaços físicos deixaram de ter tanta importância.
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É neste contexto que produzo ideias. São ideias (algumas propositadamente ridículas, confesso), com intencao de melhorar. Eu qdo tive um negócio que tinha fortíssima concorrência fazia reuniões mensais para produção de ideias. Tipo brainstorming. Adorava ouvir ideias para melhorar. Tinha lá um funcionário que debita mil ideias aburdas a uma velocidade estonteante, mas no meio delas havia uma de suprema excelência. Eu fomentava aquilo. E deu bons resultados.
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Quer dizer, um concílio pode ser uma coisa semelhante. Bispos a produzir ideias e cardeais a filtrar as melhores.
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Eu sinto-me um bispo, que queres que lhe faça? :)
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Rb

Anónimo disse...

Lopes da Silva, eu posso ter poucas subtilezas, mas não sou parvo.

Rui Alves, a grande maioria dos jovens atualmente nada liga à missa ou à religião. Já era assim no meu tempo, que tenho 53 anos, e é agora muito mais, sem comparação. Mas o seu comentário também deve ter subtilezas que eu não alcanço ;).

Unknown disse...

A Igreja Católica moderna: http://s2.glbimg.com/DMbaXS3EkOmZv_h0LdB4-HrdQOI=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/07/09/papa-evo-morales.jpg

Vivendi disse...

PA,

Já nem no Canadá a democracia presta.

http://observador.pt/2016/08/27/a-foto-mais-triste-ou-mais-romantica-de-sempre/

A civilização ocidental ao abre os olhos para a loucura estatal ou isto não vai acabar nada bem.