We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.
A Wikipedia considera-a frase mais citada em língua inglesa. Só em parte é verdadeira, é uma meia-verdade. A verdade inteira é que todos os homens são criados iguais e diferentes. Não existem dois homens iguais.
É certamente uma ironia que um país construído sobre uma premissa - a de que todos os homens são criados iguais - que é apenas uma meia-verdade se tenha tornado no espaço de dois séculos o país mais rico e poderoso do mundo. A América ensinou ao mundo a solução para o problema que a humanidade procurava resolver desde os seus primórdios - o problema de como tirar, em massa, o homem da miséria.
A solução foi obviamente o sistema capitalista de produção.
Se todos os homens são iguais - assim é a premissa de base - então a democracia tem de ser o sistema político, de tal modo que nas decisões colectivas todos têm o mesmo peso (1/x numa população de x pessoas).
Seria interessante saber como seria hoje o sistema política americano se os seus pais fundadores, em lugar de enfatizarem a igualdade, tivessem enfatizado a diferença entre os homens.
Mas se a premissa da igualdade lhes serviu para construir o sistema político, foi a diferença que eles enfatizaram - ainda que tacitamente -, quando se tratou de organizar o sistema económico. O sistema capitalista é fundado na diferença entre os homens - aquilo que se consome e produz é fruto das suas preferência individuais (e da sua capacidade para as pagar).
Na esfera da economia, a premissa da igualdade teria conduzido a uma organização económica comandada pelo Estado que forneceria monotonicamente a todos os cidadãos os mesmo alimentos, as mesmas habitações, os mesmos entretenimentos, etc.
Foi a diferença mais do que a igualdade - o capitalismo mais do que a democracia - que fez a América grande e lhe permitiu dar essa tal lição ao mundo.
4 comentários:
Seria interessante avaliarmos o papel dos Estados Unidos (ou da Europa) relativamente aos conceitos de Terceira e Quarta Vaga (de Alvin Toffler) e ao impacto que a automatização e os robots vão ter na sociedade a médio prazo.
A igualdade é apenas uma ideia. Não existe na natureza das coisas. A liberdade é outra ideia. Também não existe em comunidades,senao numa pequena medida.
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O que torna o homem diferente dos restantes animais é a questão da igualdade. E menos na questão da liberdade.
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A igualdade é uma ideia, posta em prática pelo homem. Em caso algum por animais. Porque? Porque o homem tem consciencia e compaixao. Sofre com o sofrimento dos mais fracos e ajuda-os a tornarem-se mais fortes. Os animais não tem este tipo de comportamento. Nasce fraco, coxo, vesgo ou deficiente, morre mais cedo.
É, portanto, na perseguicao pela igualdade, que o Homem se distingue dos restantes animais.
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Apesar da igualdade não existir na natureza das coisas, o homem persegue essa ideia e tenta colaca-la em prática.
Com ou sem capitalismo a igualdade é sempre o estado de paz. Os preços formados em mercado capitalista é uma sucessão de vontades individuais que tornam os preços cada vez mais iguais entre concorrentes.
Em concorrência perfeita a diferença nos preços é desprezível. Os mecanismos da oferta e da procura forçam à convergência de preços. Por essa razão não vemos diferencas significativas nos produtos à venda. Uns cêntimos a mais ali e menos acolá. E nunca por muito tempo.
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Rb
> Os mecanismos da oferta e da procura forçam à convergência de preços.
Ah, os MBAs.
Tão simples que são, que felicidade.
Espero para ver os próximos posts. Mas este tem um belo ar de dissonância cognitiva...
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