O homem de elite procura conhecer a sua tradição e encontrar solução aos problemas da sua comunidade dentro da sua tradição. O homem do povo, pelo contrário, procura as soluções aos problemas da sua comunidade no estrangeiro, fora da sua tradição: "Na Inglaterra faz-se assim, na Alemanha faz-se assado...". Acaba por se tornar um imitador, uma característica típica do homem do povo.
Na blogosfera que eu conheço, o blogue que comete este erro com o nível intelectual mais aceitável - mas, ainda assim, que comete este erro de homem do povo - é O Insurgente.
Na blogosfera que eu conheço, o blogue que comete este erro com o nível intelectual mais aceitável - mas, ainda assim, que comete este erro de homem do povo - é O Insurgente.
10 comentários:
Concordo professor.
O blog insurgente cai no erro de não entender aquilo que é feito uma comunidade.
Aplica receitas e exemplos disto e daquilo. Como tanto faz se está aqui ou na conchichina.
Honrosa excepção ao seu filho. Apesar de acreditar na democracia participativa (ao estilo da Suíça) como solução para Portugal, mas basta observar ao programa prós e contras onde o Ricardo esteve presente e defendeu essa ideia para perceber porque esse modelo não funciona por cá...
Os melhores blogs portugueses da atualidade que encontrei até então e tenho o prazer de promovê-los no meu blog são:
Contas caseiras
Omnia economicus
Porta da loja
Portugal contemporâneo
Pior é quando o erro, intelectualmente respeitável ou não, se faz acompanhar de propostas utópicas, tal como me parece ser o caso citado...
Ui... aquilo é de um nível intelectual impressionante... ou pelo menos era... quando eu lá parava. E leais na discussão? Não há outros... -- JRF
Mas qual é a tradição??
É tabu falar sobre o modelo de desenvolvimento económico levado a cabo por Salazar.
E a informação veiculada em Portugal é altamente enviesada.
O português é bastante individual, opinativo (mesmo sobre assuntos que nada percebe tem sempre opinião), e mestre no desenrascanço.
Uma economia mais liberta de condicionalismo estatais, isto é, uma economia mais liberal de facto, e teríamos um país mais prospero.
É da natureza portuguesa ser liberal, basta ver que existem muitas leis que não se cumprem, por exemplo o codigo de trabalho, tanto tempo se perdeu a falar, quando na realidade este já era muito flexível dado que maioria dos casos a lei não se aplicava.
Eu sou favorável a existencia de uma sociedade livre, sem o paternalismo do estado, e acredito que lá se chegará, dado que quando a bancarrota chegar, este vai se auto destruir.
O país mais habilitado a melhor sobreviver ao fim do € é Portugal.
Boa Filipe!
Também acho.
Apenas precisamos de encontrar um líder que tenha uma linha orientadora para a macacada não andar por aí a trepar a torto e a direito.
Tudo resto se resolve.
O seu comentário é interessante Filipe Silva, mas ser liberal não tem nada a ver com o não cumprimento das leis, muito pelo contrário.
Nem eu disse que o tinha.
O que queria dizer é que leis que visam regular o mercado, quando os agentes deste não são favoráveis, são leis que não irão ser seguidas.
O liberal, gostando eu mais do termo libertarian advoga que as leis sejam criadas não por uma entidade supra (o estado) mas por comum acordo entre os agentes.
Existem inúmeras leis em Portugal que não são cumpridas, um exemplo.
Perto de onde vivo numa estrada nacional uns produtores vão vender fruta e hortaliças para a berma da estrada, sem autorização e sem as condições de higiene da famosa ASAE e já assisti a GNR a passar parar comprar e ir à sua vida.
O estado que temos é o principal responsável pela nossa situação,
Temos a demonstração cabal de que o Português é liberal na sua essência, a emigração dos anos 60, sem saberem a língua, sem saberem muitos nem ler e escrever, sem assistencia de um estado social, singraram na vida em culturas e sociedades completamente diferentes da nossa.
O socialismo não tem pernas para andar aqui, como disse somos demasiado individualistas,
Filipe S,
Acho que a sua noção de "libertários" é muito liberal... O libertarismo, para além de não ser aplicado cabalmente em nenhum país desenvolvido (é uma utopia), é moralmente questionável, na minha opinião, porque está disposto a sacrificar tudo, incluíndo o senso communis (basta ver os seus adeptos portugueses), ao ideal de liberdade individual A ideia da demissão RADICAL do Estado da vida das pessoas poderá ser teoricamente estimulante, mas na prática conduziria a uma aberração, especialmente num país como Portugal - no melhor dos casos daria nascimento a uma oligarquia, um pouco à semelhança da Rússia actual. Como todas as utopias, o libertarismo é muito interessante, mas perigoso, a meu ver.
A. Silva
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