Anda-se agora a discutir a legalidade da indemnização de 500 mil euros atribuída a Alexandra Reis.
É preciso não esquecer que dos dois lados da "negociação" estavam duas grandes sociedades de advogados, uma a representar a TAP, outra a representar a Alexandra Reis.
Portanto, foi tudo legal, como não podia deixar de ser tendo sido feito por duas grandes sociedades de advogados.
O problema é que os grandes crimes de corrupção praticados em Portugal - como é o caso - são todos legais, e quase sempre envolvem grandes sociedades de advogados.
É a chamada criminalidade legal a que tenho dado tanto destaque neste blogue (cf. aqui). Uma empresa hiper-falida onde, nos últimos três anos, os contribuintes portugueses injectaram três mil milhões de euros, distribui meio milhão a uma administradora que simplesmente se chateou com a empresa.
Quem é que não quer receber meio milhão para se chatear com o patrão?
Seria interessante saber quanto é que as duas sociedades de advogados receberam por prestarem às partes o relevante serviço de roubar o erário público. Roubo legal, bem entendido.
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