15 novembro 2022

Um juiz do Supremo (93)

(Continuação daqui)



93. Conhecido na América


Segundo o Observador, citando uma notícia do Correio da Manhã, começa hoje a ser julgado em Viseu o caso de um juiz que acusa um vizinho de lhe ter roubado uma galinha.

O juiz acusa o vizinho de furto e, além disso, de dois crimes contra a honra (injúria e difamação) pelos quais pede uma indemnização cível de dois mil euros (cf. aqui).

A minha questão é esta: Por que é que a honra deste juiz de Viseu vale somente dois mil euros, enquanto a honra do juiz Marcolino, que é de Bragança, chega a valer um milhão?

Como é que a honra de um juiz de Viseu vale uns míseros 0,2% da honra de um juiz de Bragança!?

E por que é que, mesmo em fases mais depressivas do mercado, a honra do juiz Marcolino vale sempre uns 200 a 500 mil euros (cf. aqui) enquanto a honra do juiz de Viseu só vale dois mil?

Não se compreende.

Serão os custos da interioridade que inflacionam o preço da honra em Bragança?

Ou será por o juiz Marcolino ser conhecido na América - Judge Marehlino, em americano (cf. aqui) - e a sua honra estar cotada em Wall Street?

Esta é a hipótese mais plausível. 

Estar nos registos do FBI como um juiz protector de traficantes de droga - ainda por cima, da "droga do amor" - faz subir a cotação da honra de qualquer juiz. O juiz de Viseu, com a sua galinha, que não tenha pretensões. Nunca chegará aos calcanhares do juiz Marcelino, ou Mercolino, como o juiz Marcolino também é conhecido no país (cf. aqui).


(Continua acolá)

Sem comentários: