Esta semana tivemos no país uma grande campanha publicitária a favor do Chega.
Se até aqui o Chega se podia queixar de discriminação ostensiva por parte dos órgãos de comunicação social, esta semana representou uma viragem. O Chega foi o tema dominante da comunicação social no país ao longo de toda a semana, nas televisões, nos jornais, em rádios, em editoriais, em artigos de opinião .
Curiosamente, foi a discriminação a razão principal desta viragem. Se até aqui o Chega era acusado de discriminação (racial, sexual, etc.) aquilo que a evidência veio mostrar é que a realidade é exactamente ao contrário - é o Chega que é alvo de discriminação. O primeiro-ministro recusa-se a reunir com o Chega e os representantes de vários partidos querem negar ao Chega aquilo a que o Chega tem direito - uma vice-presidência da Assembleia da República.
A campanha publicitária veio também desmontar outro mito acerca do Chega - o mito de que era um partido de um só homem. Esta semana passaram pelas televisões, rádios e jornais várias outras caras do Chega, como os deputados Diogo Pacheco de Amorim, Gabriel Mithá Ribeiro, Pedro Frazão, Rita Matias e Pedro Dias.
A conclusão a tirar de tão grande campanha publicitária é que o Chega está institucionalizado e veio para ficar. Na realidade, representa um grande terramoto na política portuguesa das últimas décadas.
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