O principal erro do regime socialista que governou Portugal durante os últimos 47 anos, liderado pelo PS e pelo PSD, foi o de ter governado Portugal como se os portugueses fossem uma massa. A ideologia socialista é, ele própria, uma ideologia de massas.
O PS e o PSD procuraram construir um sistema de saúde que fosse igual para todos, um sistema de ensino que fosse igual para todos, um sistema de segurança social que fosse igual para todos, um país, enfim, onde todos se sentissem iguais uns aos outros, e foi por aí que começou o seu erro radical. Os portugueses detestam ser iguais uns aos outros pela simples razão de que os portugueses não constituem uma massa, mas um povo.
A distinção entre povo e massa foi introduzida pelo Papa Pio XII (cf. aqui). A principal diferença é que na massa todos são iguais, ao passo que no povo todos são diferentes. Os elementos do povo têm personalidade, que é isso que os faz diferentes, ao passo que na massa não se distinguem uns dos outros.
Sociedades de massa são os países do norte da Europa e da América do Norte tocadas pela influência protestante. Pelo contrário, povos encontram-se nos países católicos do sul da Europa, como Portugal, a Espanha ou a Itália, e ainda nos países de tradição cristã-ortodoxa, como a Grécia.
O CHEGA é um partido popular que procura interpretar e exprimir as tradições do povo português. Por isso, o CHEGA vai para as eleições legislativas com o lema "Deus, Pátria, Família e Trabalho" porque são estes os valores queridos do povo português.
O primeiro, e o mais importante de todos, é Deus. O CHEGA não é um partido de intelectuais que se entretém a discutir a existência de Deus. O CHEGA está aberto aos ateus e aos agnósticos. O CHEGA aceita até a laicidade do Estado. Mas o CHEGA reconhece que a esmagadora maioria do povo português acredita em Deus. O povo português é religioso, é cristão e é católico. Quem passear por Portugal e olhar a profusão de igrejas católicas e de festas populares, peregrinações, procissões dedicadas aos Santos, à Virgem e a Cristo não fica com dúvidas acerca da profunda religiosidade do povo português.
A Pátria é a terra onde nasceram os nossos antepassados, mas a ideia que a palavra exprime é, na verdade, mais lata. Ela exprime não só o amor ou o afecto à terra onde nasceram os nossos antepassadas - a qual, regra geral, é também a nossa própria terra -, mas ainda aquilo que os nossos antepassados fizeram nessa terra e a partir dela. O patriotismo do CHEGA é, em primeiro lugar, uma manifestação de respeito e de homenagem às tradições portuguesas.
Portugal é um país livre e cada português vive nele como quer, havendo muitos portugueses que decidem viver sozinhos. A verdade, porém, é que a esmagadora maioria dos portugueses vivem agrupados em famílias. A Família é a célula de base da sociedade portuguesa e a instituição mais importante da sociedade. Ao socialismo vigente, que colocou o Estado como a mais importante instituição social, o CHEGA contrapõe, de forma decisiva, a família, dando, por essa via, predominância à sociedade civil sobre o Estado.
Finalmente, o Trabalho. Há portugueses que já nasceram ricos, mas esses são uma raridade. A maior parte dos portugueses sustenta-se na vida, e aos seus, através do seu próprio trabalho, incluindo o seu carácter, o seu empenho e os seus talentos. O CHEGA não favorece pessoas válidas que vivem à custa dos outros. O CHEGA valoriza aqueles que vivem pelo seu trabalho, porque é assim que vive a esmagadora maioria do povo português.
Sem comentários:
Enviar um comentário