"António Vitorino, o todo poderoso ex-comissário europeu, é o mandatário do PS às eleições europeias. O seu principal adversário, Paulo Rangel, é seu sócio na sociedade de advogados Cuatrecasas Gonçalves Pereira" (cf. aqui).
O artigo do Paulo de Morais citado em cima retrata na perfeição a corrupção endémica instalada no nosso sistema político dominado há mais de 40 anos pelo PS e o PSD.
António Vitorino e Paulo Rangel, apresentam-se ao país como adversários políticos, um é mandatário do PS às eleições europeias, o outro é o cabeça de lista do PSD às mesmas eleições.
Em público, perante jornalistas e écrans de televisão, eles parecem adversários, cada um pugnando pelo seu partido.
Mas essa adversidade é, em grande medida, pura aparência, mera impostura.
Porque, quando os jornalistas saem da frente, os écrans de televisão se apagam, e os sócios António Vitorino e Paulo Rangel se encontram à mesa do restaurante, ou na intimidade de um gabinete da sociedade de advogados Cuatrecasas, a conversa é toda outra.
Eu imagino o Rangel a dizer ao Vitorino:
-Olha, António, agora vamos ao trabalho. Tu tratas de angariar como clientes para a nossa sociedade de advogados todas as instituições do Estado controladas pelo PS, que eu trato de fazer o mesmo para aquelas que são controladas pelo PSD.
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