Existe uma ideia-força que é recorrente no Programa do Chega (cf. aqui). É a ideia de que o Estado está ao serviço da Sociedade, que a soberania reside na Sociedade e não no Estado (cf., p. ex., cláusulas 9, 18, 24, 36).
É esta ideia-chave que distingue o modelo de sociedade visionado pelo Chega do socialismo vigente. Para o socialismo, é ao contrário, o Estado é o soberano e a Sociedade é a súbdita, é o poder do Estado que vai mudar (desejadamente para melhor, na prática quase sempre para pior) a Sociedade.
É esta ideia construtivista - segundo a qual, com o Estado aos comandos, é possível construir uma Sociedade melhor - que caracteriza todas as formas de socialismo, incluindo o nacional-socialismo (nazismo) e o fascismo, que é também uma variante do socialismo (Mussolini era um dissidente do Partido Socialista italiano).
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