(Continuação daqui)
(Política/Princípios ordenadores da Razão do Estado)
22. Princípio da igualdade e da diferença entre os indivíduos
Os indivíduos nascem iguais em direitos e deveres, diferentes e diversos em tudo o mais. É nesse direito à igualdade - e no concomitante direito à diferença - que se alicerça a sua dignidade humana. É responsabilidade do Estado garantir ambos os direitos, como forma de assegurar o desenvolvimento, em liberdade e sem interferências ilegítimas, das personalidades e potencialidade de todos e cada um dos cidadãos
"Nós tomamos estas verdades como evidentes, de que todos os homens são criados iguais (...)". Foi assim que Thomas Jefferson redigiu a primeira frase da Declaração de Independência dos EUA (1776).
Parece hoje uma ironia, que a nação mais rica e poderosa do mundo esteja fundada sobre uma meia-verdade - a de que todos os homens são criados iguais.
A verdade inteira é que todos os homens são criados iguais e diferentes. Todos têm nariz e mãos, mas não existem dois narizes ou duas mãos iguais. Todos têm também personalidade, mas não existem duas personalidades iguais - esse conjunto de características espirituais único e irrepetível que torna cada homem diferente de todos os outros.
E entre a igualdade e a diferença, qual é mais importante?
A diferença, uma cultura humanista confere primazia à diferença sobre a igualdade porque é a diferença que dá valor à vida humana. Numa humanidade em que todos fossem iguais, a vida de cada um não teria valor nenhum, porque ainda cá ficariam muitos milhões iguais a ele para o fazer esquecer rapidamente. É a diferença que confere valor à vida humana e faz dela uma memória.
O Chega valoriza a liberdade para que cada pessoa possa exprimir livremente o seu potencial humano e a sua personalidade - isto é, a sua diferença em relação às outras pessoas. Enfatizando a diferença sobre a igualdade, o Chega é um partido personalista.
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