A acusação ao Presidente da Câmara do Porto, pelos procuradores Nuno Serdoura e Ana Margarida Santos, do DIAP-Porto, era a cereja que faltava este ano em cima do bolo para confirmar aquilo que os portugueses dizem há muitos anos à boca pequena, mas que não tinham a coragem para exprimir em público.
Que o seu sistema de justiça é um sistema corrupto e que o foco maior dessa corrupção está precisamente no Ministério Público que acaba de acusar o Presidente Rui Moreira.
Quem conhece o Presidente Rui Moreira sabe que ele é um homem íntegro. E que a acusação é, no dizer de uma comentadora, "uma sinistra jogada política" (cf. aqui) motivada pelo facto de ele ser capaz de governar a segunda maior cidade do país sem o apoio do sistema, isto é, à margem do PS e do PSD.
Se a moda pega, como é que os boys vão viver?
A acusação ao presidente Rui Moreira está a gerar muitas reacções e esse é um sinal positivo. É um sinal que se junta a vários outros que ocorreram este ano e que fazem acreditar que a reforma democrática da justiça em Portugal pode estar para breve.
Essa reforma passa por submeter ao escrutínio público, em primeiro lugar, a mais corrupta das instituições da justiça - o Ministério Público -, trazendo a público o conteúdo das acusações e os nomes dos procuradores que as assinam.
No post anterior, defini os procuradores do Ministério Público como políticos encobertos. Ora, aquilo que de pior se pode fazer a alguém encoberto é descobri-lo, isto é, expô-lo em público.
A figura acabada do político encoberto é o procurador do caso mais mediático do país - o procurador Rosário Teixeira. Aparece em público quase sempre de óculos escuros e cada vez que as câmaras de televisão o focam aparece sempre a fugir.
Por que será?
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