"A dez meses das eleições autárquicas é imprescindível que esta decisão seja escrutinada até às últimas consequências, sob pena de, não existindo novos factos desde 2017 que a sustentem, ser vista como uma sinistra jogada política em vez de uma mera decisão judicial. A extensão da contenda e o sistemático aproveitamento político ao longo dos anos é suscetível de provocar consequências políticas para os acusadores.
Mas vamos à nova acusação dos procuradores Nuno Serdoura e Ana Margarida Santos. A acusação sustenta que Rui Moreira, ciente do conflito entre a Selminho e a CMP, assinou uma procuração com a data de 28 de novembro de 2013 para que o advogado nomeado pelo seu antecessor continuasse a representar a autarquia, um ato que para o Ministério Público significa um “total desrespeito pelo Estatuto dos Eleitos Locais”. A emissão dessa procuração, sustentam os procuradores, “é contrária aos deveres de isenção e imparcialidade” a que o presidente da CMP estava obrigado" (cf. aqui, ênfases meus)
Os portugueses começam, finalmente, a perguntar-se se o Ministério Público não será, afinal, uma associação de malfeitores.
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