O Tribunal de Matosinhos decidiu atribuir-me a paternidade do Joãozinho (cf. aqui), e agora é o que se vê. Tenho de o aturar.
É certo que existe um momento na Sentença, precisamente antes de me atribuir a paternidade do Joãozinho, em que o juiz parece cair em si, falar consigo próprio, meditar, alguma campainha parece ter-lhe soado ao espírito.
É o seguinte:
"Este processo teve muitas sessões, com muitos depoimentos, com muita explicação.
Não é preciso."
(Sentença, p. 28)
Claro que era preciso. Se não fosse esta tropa toda (cf. aqui), que prolongou o número de sessões, multiplicou o número de depoimentos e de "explicações", como é que ele se tinha convencido de que eu era o pai do Joãozinho?
1 comentário:
A propósito do tema que tem abordado aqui no seu blog - o do papel do Ministério Público - pode ter interesse este artigo:
"Grand juries are legal entities deeply rooted in common law and incorporated into the Fifth Amendment to the Constitution. Their purpose is not to determine guilt or innocence but only whether there are sufficient grounds to bring an indictment and trigger a trial. The trial is where guilt or innocence will be determined by all the adversarial procedures of examining evidence and testimony presented by both sides under strict supervision by a judge. Grand juries do not operate under those rules. They hear evidence ex parte—that is, with no representation from those under investigation. They operate in secret. And in practice, they operate almost completely under the direction of a local, state, or federal prosecutor, a district attorney or attorney general, whose conclusions they almost invariably rubber-stamp."
https://www.commonwealmagazine.org/print/40415
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