Generosamente, as pessoas poderão estar a pensar que estão a contribuir para a construção da ala pediátrica do Hospital de S. João por via mecenática (cf. aqui e aqui). Mas não estão.
Essa é a missão, reconhecida estatutariamente pelo Estado português à Associação Joãozinho, a quem foi atribuído o estatuto de utilidade pública para esse efeito.
A Associação Joãozinho não está envolvida neste evento. Nem em outros. Desde que a obra foi parada (Março 2016), que a Associação Joãozinho não promove eventos de angariação de fundos para a ala pediátrica do HSJ.
Mas, então, a pergunta: quem promoverá a iniciativa e para onde é que irá o dinheiro, tanto mais que o Governo já declarou que iria pagar a obra com dinheiro público?
A mesma pergunta vale para este outro caso (cf. aqui): quem é que andará a angariar dinheiro para a ala pediátrica do HSJ se essa é uma prerrogativa reservada oficialmente à Associação Joãozinho?
Os dois casos acima, infelizmente, não são casos únicos. Eu estava a evitar trazer este assunto a público, mas a coisa, com a notícia de hoje, passou as marcas.
Num caso, ocorrido em Fevereiro (cf. 12º parágrafo aqui), tive de intervir de forma determinada e decisiva, e fiquei a saber quem eram os promotores e a instituição que os abrigava.
O leitor desmaiava se eu revelasse o nome da instituição.
A miséria moral é arrasadora, para não falar da outra.
1 comentário:
E não era melhor nós ficarmos a saber?
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