10 maio 2016

Mulher

Partidos tão sensíveis à igualdade do género a apoiar o Governo, e não repararam que o Ministério da Educação era o Ministério ideal para lá colocar uma mulher.

Na nossa cultura, a mulher é a educadora por excelência.

Naturalmente, devia ser uma mulher que já tivesse educado filhos e que tivesse feito uma vida profissional no sector da educação, de preferência como professora, conhecendo o sistema por dentro e o que é educar crianças e jovens adolescentes.

Não lhes ocorreu. Paciência.

Em lugar disso, puseram lá um homem que não tem o mínimo perfil para o lugar. Um homem jovem trinta e tal anos de idade, dois filhos pequenos - significando que ele próprio ainda não educou ninguém, mas que anda a decidir como se devem educar os filhos de todos os portugueses -, a viver há quinze anos fora de Portugal, e, portanto, naturalmente desaculturado.

E a camisa aberta e as barbas também não ajudam nada.

(Em contrapartida, puseram uma mulher a comandar a polícia).

8 comentários:

Rui Alves disse...

O erro do seu raciocínio é partir do princípio que quem manda na Educação é o(a) ministro(a).

Mas como quem manda de facto são os mesmos de sempre, ou seja, os alfarrabistas e o bigodes, é indiferente se lá põem um homem ou uma mulher no cargo.

Rui Alves disse...

Quer uma evidência?

Veja o estúpido número de horas que os jovens passam na escola, com ocupações que não interessam nem ao Menino Jesus (por exemplo, na turma de uma das minhas filhas, todos sem excepção têm que ir ao apoio de inglês, mesmo os que como ela tiram 5).

Observe também a imbecil carga livresca que as crianças carregam. Como já disse aqui num outro comentário, a minha filha mais velha, que já não está propriamente na idade de bolsas escolares com rodinhas e desenhos da Kitty, vê-se na necessidade (recomendada pelos pais) de levar parte dos livros na mão para um dia não padecer de mazelas na coluna vertebral.

Imagine agora uma ministra com o perfil que descreveu. Depois de anos a assistir a um calvário destes com os filhos dela, qual seria a primeira medida sensata que tomaria quando finalmente mandasse nas escolas?

Contudo, alguém, homem ou mulher, faz alguma coisa? E pelo contrário, a quem traz vantagem o excesso de disciplinas e a sobrecarga de manuais escolares?

zazie disse...

O que deviam por à frente era um chefe de cavalariça.

Euro2cent disse...

> qual seria a primeira medida sensata que tomaria quando finalmente mandasse nas escolas?

Mandar encostar a uma parede a mafia das editoras?

("Was that a trick question?")

Cfe disse...

Rui Alves,

É verdade, meu filho queixa-se que o sistema de educação português rouba-lhe todo seu tempo a fazer atividades curriculares normais e que muitas vezes nem lhe sobra tempo para estudar direito. Ele é um dos melhores alunos da escola e tem termo de comparação pois ficou em quinto nacional numa olimpíada do conhecimento no Brasil: sabe gerir o tempo e preparar-se.

Ricciardi disse...

Portanto, para governar bem já não basta ser casado e ter filhos. Tem de ser quase viuvo e os filhos quasi divorciados.
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Nem percebo como é que uma pessoa como Salazar pôde ser um bom governante.
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O ministro é moço competente na área das ciências. É um outsider nestas lides da política. Sendo assim deve vir a ter um bom desempenho na pasta.
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RB
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PS. Agora q me despertaram para o facto de haver escolas privadas à borla, eu gostaria de perguntar porque raios tenho eu de pagar a do meu filho. Também quero uma borla nas propinas do colégio dele. Porque é q só alguns previligiados é q podem ter filhos nos colégios privados sem pagar?

Rui Alves disse...

Caro Euro2Cent

"Mandar encostar a uma parede a mafia das editoras?"

O que fosse preciso para que as crianças tivessem tempo para serem crianças, e carregassem o fardo (literalmente falando) aceitável para uma criança.

José Lopes da Silva disse...

Tenho pena que o PA tenha investido tanto, neste espaço, a demonstrar que os ranking "à protestante" são enviesados e nunca reflectem plenamente a realidade das coisas, e que neste caso das escolas acredite totalmente no que dizem os rankings. Todos os rumores que ouvimos sobre facilitismo de notas em escolas privadas são infundados, porque os rankings provam o contrário.
Isso não é procura da Verdade, é só opôr uma ideologia a outra. Mas enfim, a Igreja precisa é de ser ajudada, e não criticada.