Se António Costa não ouviu os portugueses que votaram esmagadoramente contra a esquerda radical, deverá ouvir-se a si próprio em diferido e perceber o óbvio. Todos os que projectamos na propriedade o reconhecimento meritório do trabalho humano temos o dever de recusar o Governo aos prosélitos das nacionalizações. Todos os que acreditamos na mobilidade social estamos obrigados a opor-nos a quem faz guerra à liberdade de escolha na educação e na segurança social. Todos os que sentimos cair sobre nós as cinzas de um quarteirão nova-iorquino devemos barrar o caminho aos adversários do Ocidente e da NATO. Todos os que experimentámos o peso dos sacrifícios sentimos a obrigação de não os tornar irrelevantes. Todos os que prezamos o pluralismo político, independentemente do nosso sentido de voto, somos chamados a defendê-lo.
António Pedro Barreiro, 19 anos
13 comentários:
Ele esquece-se completamente de uma coisa: ninguém votou nestas eleições CONTRA o BE e o PCP.
É pá, o pessoal (quer à esquerda quer à direita) complica demasiado a cena.
Na verdade para teres governo basta que tenhas o apoio de 50% + 1 dos deputados eleitos na assmebleia da Republica.
Se esses deputados foram eleitos com votos a favor ou contra quem quer que seja é perfeitamente indiferente.
Entendam isto e andem em frente.
Rui Silva
"ninguém votou nestas eleições CONTRA o BE e o PCP."
Se os partidos do contrapoder quiserem ser poder, ANTES de irem a votos ASSUMAM-NO. Se o PS se quer aliar à extrema-esquerda, antes de ir a votos ASSUMA-O. Assim o eleitorado sabe com o que conta e vota em concordância.
E não venhas com a lengalenga de que o PSD e o CDS/PP se coligaram depois das eleições há quatro anos porque, em primeiro lugar, ambos são partidos democráticos, e em segundo lugar, o CDS/PP sempre assumiu que o seu objectivo era fazer parte de uma coligação governativa. De resto, há uma tradição de coligações à direita, como a AD no início dos anos 80 e a coligação pós-eleitoral de 2002 a 2005.
Pá, mas ningume (nem Costa, nem CDU nem BE) está aimpedir quem quer que seja de por os seus meninos no colegio ou de ter um seguro de saude.
Não entendo o sentido deste comentário.
Este puto de 19 anos está claramente na idade dos porques.
Rui Silva
anonimo,
Mas qualquer partido assume por omissão quer ser poder.
Em Portugal é que se criou a ficção do "arco da governação" para racionalizar o facto de um partido com menos votos que o PCP (o CDS) ir para o governo.
E deixem as tretas da tradição por favor. A malta PaF só consegue papaguear as coisas que os "inteligentes" do Observador escrevem.
Rui Silva
Rui Silva, se o governo da frente de esquerda fosse só para vocês, eu cagava para isso. Até me ria. Agora, o PS não ganhou as eleições, por isso metam a cena dos deputados eleitos na PEIDA, porque a esquerda não teria tantos deputados eleitos se os portugueses estivessem conscientes de que poderiam ter de levar com isto.
No desespero de legitimar uma chapelada eleitoral, anda muita gente a mencionar o exemplo de coligações que o PS e o PSD fizeram no passado após as eleições. Mas parece que a esta malta está a escapar uma diferença óbvia: todos esses acordos pós-eleitorais, quer fossem protagonizados pelo PSD ou pelo PS, foram feitos pelo partido vencedor. E em qualquer arranjo de governo foi o partido vencedor a ter a última palavra. Inclusive houve vezes em que assumiram antes das eleições, embora sem o garantir, a hipótese de um entendimento pós-eleitoral com outros partidos, e os eleitores votaram com a consciência de que tal poderia acontecer.
Mas isto, isto é uma tentativa de golpe de estado. Estou como a Zazie, fosse o PSD, o CDS e o PNR a tentarem semelhante chapelada, e aqui d'El Rei, que os fascistas estavam de volta e a democracia estava ameaçada.
Bom, mas há pelo menos uma ventagem nisto. Finalmente ao fim de tantos anos vejo a esquerda toda em peso despir a pele de cordeiro e mostrar ao que verdadeiramente anda, e qual o seu respeito pelo país.
Este pessoal tem muitas dificuldades em ter um entendimento lato da democracia e da nossa consitutuição.
Há paises covilizados, como a Dinamarca, em que o Partido no poder não é o paertido mais votado. E não veio mal nenhum ao mundo.
Há aqui dois factos essenciais que é necessário entender:
a) nem o pais cairia nas garras do fassismo se o PaF governasse
b) nem o pais se vai transformar num inferno estalinista-Syriziano se houver um governo apoiado por uma maioria de esquerda no parlamento.
Está na hora de Portugal, à direita e à esquerda, aprender a viver normalmente, como dizia o velho.
O resto é o debate de ideias normla em democracia: uns defendem polticas mais liberais (de direita) outros politicas mais esquerdistas. E é assim que tem de ser.
Em suma: Façam-se homens, caralho!
Rui Silva
Alias, isto tudo para mim tem um nome: mau perder.
E é perfeitamente natural. Eu tambem fico porco da vida quando os meus perdem as eleições. O que como é evidente, não aconteceu desta vez...
Rui Silva
Na pior das hipoteses vai acontecer o que sempre acontece com governos minoritarios em Portugal (à esquerda ou à direita): temos governo durante uns tempos e deposi alguem faz algo estupido, dissolve-se o parlamento e há novas eleições.
Este é o pior cenário de todos. Ninguem vai andar por ai a comer criancinhas nem a impedir o pessoa de mandar os putos para o colegio (como diz o puto estupido de 19 anos) nem a assassinar os capitalistas (os que não tiverem sido presos por corrupção entretanto).
É dificil entender isto ou preciso fazer um desenho?
Rui Silva
Este anda a ver o "Borgen". Só que a Catarina Martins não é a Birgitte "não sei das quantas", muito menos o Bloco de Esquerda é o "Partido Moderado". Já para não falar que não detectei na série, que é inspirada em partidos reais da política dinamarquesa, um partido fragmentado como o PS dirigido por um incompetente manhoso como o monhé. Por isso cala-te lá com essas merdas.
"Alias, isto tudo para mim tem um nome: mau perder."
Exacto! O VOSSO mau perder.
Agora peçam pra cagar e saiam, fachavôr.
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