06 setembro 2015

grande líder ou grande oportunista?


Berlin has won plaudits for seizing the moral high ground and opening its doors unconditionally to Syrian refugees but Austria and Hungary attacked it on Tuesday for stoking chaos at their railway stations, on their roads and at their borders as thousands of people seek transit to Germany.
The German chancellor, Angela Merkel, rejected the criticism and stepped up her campaign to pressure reluctant EU partners into relieving the load on Germany and taking part in a more equitable system of sharing refugees across the EU.
“We must push through uniform European asylum policies,” she said. With Germany expecting to process 800,000 asylum applications this year – more than four times the figure for 2014 and more than the rest of the EU combined – Merkel insisted that there had to be a fairer distribution. “The criteria must be discussed,” she said.
On the basis of several different possible scenarios, the migration researchers calculate that by 2050, Germany will need a net average of between 276,000 and 491,000 immigrants per year from non-EU countries.
Comentário: Nas últimas semanas tenho assistido atónito à beatificação da Angela Merkel, que passou "de besta a bestial" à velocidade da luz.
Nunca fui um grande admirador, ou crítico, da Srª. e, portanto, tenho um certo distanciamento para formular o meu próprio juízo. A Alemanha necessita, com urgência, de centenas de milhares de imigrantes para manter a sua força de trabalho. A chancelarina sabe disto, mas está politicamente entalada entre os empresários, que defendem uma política de portas abertas, e os sindicatos, que temem pelos postos de trabalho e salários?
Que fazer?
Uma posição unilateral da Alemanha seria suicídio político para a Angela Merkel. O melhor parece ser forçar os outros países da UE a aceitar alguns refugiados e assumir a postura humanista de acolher os restantes.
Grande líder? Oportunista?
Cada um que julgue por si. Para mim não é uma grande líder, embora esteja pronto a admitir que não me importava nada de ter uma clone da Srª. à frente do nosso governo. Seria mil vezes melhor do que o que temos.

18 comentários:

Ricciardi disse...

Seja qual for a motivação da senhora, a opção é para o Bem.
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Rb

Unknown disse...

Está aa esquecer-se de factos essenciais: não são vulgares imigrantes europeus como noutras gerações (sejam latinos ou de leste). São pessoas na sua grande maioria pertencentes a uma civilização diferente (não apenas cultura): a civilização islâmica com concepções do Homem (e mulher) radicalmente diferentes (em alguns casos antagônicas e incompatíveis, v.g. liberdade de expressão ou religiosa). O que estamos a assistir não é uma mera notícia: será um dos maiores acontecimentos da História. Causado pelos americanos (Bush, Obama).

Ricciardi disse...

Já ouvi gente por aqui a dizer q no meio do êxodo vêm terroristas. Isto é, q se devia barrar as pessoas na fronteira.
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Esta gente deve ter por conselheiro o diabo. Os descristaos.
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Alguns dizem mesmo q há quem se aproveite do drama de milhoes para se enfileirar no exodo para proveito próprio.
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Que Novidade.
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Está franja da humanidade está obviamente doente.
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Rb

Ricciardi disse...

Civilização islâmica ou fanatismo religioso?
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Os mouros fazem parte da nossa cultura. Antes de Portugal existir eles já cá estavam.
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Os imigrantes adaptam-se ao país destino. Os EUA são bom exemplo. chusmas de islâmicos, bifes, escoceses, espanicos, chinocas, judeus...
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Rb

Unknown disse...

A islamização da Europa já era um problema sério em alguns dos países mais ricos. Com esta dimensão trará mudanças radicais (planeadas? ou meros efeitos colaterais das guerras pelos territórios dos gasodutos, Iraque e Síria?). De qualquer modo, os americanos é que deveriam receber os refugiados - pelos menos a grande maioria. A Merkel não é grande estadista, nem grande oportunista: limitou-se a ficar com a batata quente nas mãos, sem ter coragem de a entregar ao verdadeiro dono: E. U. A. Quantos milhões de africanos não se verão agora - mais do que nunca - dispostos a meter-se num barco para atravessar o Mediterrâneo? Será que ninguém reparou que nas últimas décadas o crescimento demográfico em África foi explosivo (ao contrário da Europa). O mundo ocidental europeu, tal como o conhecemos nas últimas décadas, não será igual. Multiculturalismo, aumento das tensões e terrorismo, estados policiais e mais autoritários... não se sabe. Mas será necessariamente diferente. Uma mudança na História, semelhante a uma guerra ou às antigas invasões.

Rui Alves disse...

Os imigrantes adaptam-se ao país destino.

Ricciardi, eu não poderia estar mais em desacordo. Conheço, de fonte segura, casos na França e no Reino onde professoras do ensino público, adequadamente trajadas segundo os nossos padrões e cultura, foram obrigadas a mudar de indumentária por pressão das mães da comunidade islâmica. Ou de cantinas de escolas públicas onde a dieta teve que ser adaptada às normas muçulmanas.

Uma professora francesa, minha conhecida, teve um colega a quem uns alunos muçulmanos pediram para sair da aula para oração. Ora, esse tipo de privilégio não está previsto em nenhum regime educativo europeu e laico, e como tal, o professor não autorizou. Em resposta, eles estenderam o tapete de oração, viraram-se para a cidade santa e realizaram o seu ritual dentro da sala, em plena aula.

Eu podia citar mais casos nesses países, que me foram narrados na primeira pessoa. Alunos filhos de radicais muçulmanos que, apoiados pelos pais, se recusam a fazer determinados trabalhos de casa porque os mesmos "vão contra a sua religião".

Por isso, estes refugiados, como o Ricciardi disse num outro comentário, e disse-o muito bem, "são pessoas aflitas". Mas resta saber, depois de acolhidos e instalados, como é que eles e os seus descendentes aceitarão ou respeitarão a cultura anfitriã.

Rui Alves disse...

Errata:

"casos na França e no Reino Unido", assim é que é!

Anónimo disse...

Basta ver o que já se passa p. ex. no Reino Unido (por isso eles já sabem o que é, e não querem aceitar mais): https://www.youtube.com/watch?v=fQD0XyTKJkI

Unknown disse...

A opinião sobre a Merkl, pode ser também comparada com a posição de dirigentes de paises, que têm uma população semelhante a da Alemanha; Camarao, holandinho, Tusk.
A prosperidade que a Alemanha apresenta, tem que querer dizer algo, sobra a eficiência colectiva do povo; e não é negativo.

marina disse...

quem causou este problema foi a america quando se meteu com o saddam , que mantinha o ninho de vespas na ordem , e claro que agora devia receber todos os refugiados , pois devia , mas lava as maos. e nao se percebe pq n se refugiam na arabia saudita , no dubai , no kuwait e paises ali ao lado e com a mesma lingua ...

os espanhois na g. civil vinham pros paises vizinhos refugiar se ; quando queriam emigrar eh que iam pras americas , cruzando el charco 😈

marina disse...

e levamos uns sete seculos a desocupar a peninsula . sempre quero ver onde vamos agora arranjar um Pelayo ou um Cid campeador.

zazie disse...

http://www.nytimes.com/2015/09/07/world/middleeast/netanyahu-rejects-calls-to-accept-syrian-refugees.html?_r=0

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Merkel e a Alemanha, tal como a Áustria e a Finlândia, estão a usar a crise dos refugiados para "reabilitar" a sua imagem internacional, depois de serem vistos como os elementos mais intransigentes na crise do Euro. Enquanto estes países passam por generosos, a Grécia, por exemplo, está a ser vista como um país desleixado e pouco sensível a esta crise.

Acho bem que os países mais ricos da Europa ajudem na proporção da sua prosperidade, mas cuidado com o simplismo, nomeadamente na condenação da Hungria. O que é que acontece a este país charneira da UE quando os "humores" no centro europeu mudarem? Quando a Alemanha diz que espera receber 800 mil refugiados este ano está a criar um problema a todos os países por onde esta enorme massa de pessoas vai passar. Países que não estão preparados para receber tanta gente, mesmo que de passagem. E quando a Alemanha já não quiser receber ninguém, será a Hungria, a Sérvia, etc., a ficar com estas pessoas nos braços (porque as migrações não cessam de um dia para o outro) e a ficar com o odioso de os repelir. É por isso que os húngaros e os outros povos de Leste estão muito receosos com o que se está a passar. Imagine-se que era por Portugal que estavam a entrar centenas de milhar de pessoas para se dirigirem para o centro da Europa...

Dito isto, é preciso ter também a enorme tragédia que se está a passar no Médio Oriente e o horror que significa para as pessoas ficarem sob o totalitarismo do Estado Islâmico. É um enorme desespero, um retrocesso civilizacional que mesmo os muçulmanos crentes sentem por poucos conseguem viver com a repressão daquele bando de criminosos. Aquilo é o equivalente ao Nazismo naquela parte do mundo, tem de ser erradicado, e têm de ser primeiramente os árabes a unirem-se contra aquela abominação.

zazie disse...

Depois o Netanocoiso que se queixe de se ficarem pela Eurovisão

AHAHAHAHAHAH

Anónimo disse...

"Uma professora francesa, minha conhecida, teve um colega a quem uns alunos muçulmanos pediram para sair da aula para oração"

Caro Rui Alves,

Não precisa de ir para Franca. Ca em Portugal já existem situações semelhantes e ainda mais graves.

Um exemplo:

Num dos gabinetes tutelados pelo sr Nuno Crato, ali para os lados da Estrela, ha um muçulmano, cujo ordenado é pago pelos nossos impostos, e que reza varias vezes ao dia durante o horário de trabalho...

Eles estão, paulatinamente, a impor-se. E a Europa, fruto do politicamente correcto, esta a cometer suicídio.

O RB não sabe que em Franca já ha guetos onde a policia não entre e onde impera a sharia.

Ricciardi disse...

Pois, os islâmicos têm mais dificuldade em se adaptar por causa das imposições religiosas. Mas há leis, felizmente, na europa para dirimir esses choques. A lei da burka é um bom exemplo.
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E não. Não concordo com a política de portas abertas. Acho q este caso é uma excepção. Porque não se trata de migrantes económicos à procura de um trabalho melhor, mas sim de fuga à guerra.
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Sendo assim é dever da europa acolhe-los. E da América tb.
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Como disse e bem a marina um dos erro inicial foi do Bush filho ao inventar no Iraque. Um escroque.
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O mal está feito e os sírios em êxodo não tem culpa disso e t de ser apoiados.
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Rb

Anónimo disse...

Pena a imbecilidade e a ignorância não pagar imposto...