No dia 11 de Julho, numa Sexta-feira, no Twitter tinha advertido sobre o BES ao desejar boa sorte para o fim de semana...dado ser nos fins-de-semana que a vida ou morte dos bancos (por vezes de todo um sistema monetário) é decidida. Só falhei por uns fins-de-semana.
Se eu mandasse acabaria com as raízes de um mal que tem perseguido o povo desde há séculos (bolhas seguidas de crises bancárias), por insuficiência de pensamento analítico dos economistas e juristas, e interesse próprio das elites (o poder da criação de moeda do nada que cresce exponencialmente com a maior quota de mercado do banco e as simpatias com o Banco Central). Parece-me ter a mais alta prioridade, dado os problemas que levanta, em especial para as classes mais desfavorecidas (ao contrários das elites que são depois protegidas e amparadas do infortúnio da deflação correctiva, pela mesma máquina), e por isso a evoco com frequência.
"Mais uma vítima: da moeda elástica
Claro que o problema estrutural do sistema monetário é colocar os depósitos à ordem a servir de financiamento aos bancos, quando devem constituir aquilo que a percepção do povo julga que é: moeda imediatamente disponível, segura, e não dependente de mecanismos inflacionistas para assegurar que não desaparecem. Essa simples transubstanciação fornece aos bancos a capacidade de oferecer crédito por pura criação de mais depósitos à ordem, baixando artificialmente a taxa de juro a ser paga ao aforro, beneficiando os grandes colectores de crédito e quem tem a capacidade de beneficiar do aumento de preços que induz (activos reais, como imobiliário, financeiros, etc.), criando um circulo de poder (no fundo, o poder de criar) que há muito é visto com desconfiança pela cultura popular, gerando anticorpos contra o capitalismo financeiro, e que depois vem beneficiar, com a crise - que constitui a cura - de suporte pelo mesmo mecanismo. Let them fail."
7 comentários:
Em suma, se mandasse mandava falir os bancos de uma assentada porque os malandros emprestam as massas dos depositos do povo que não sabe que fazem isso. Até porque o povo é estupido e acha que o dinheiro cai do céu.
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... e voltava ao sistema far-westeano onde haviam caixas forte que, volta e meia, ficavam vazias porque o banqueiro se lembrava de bazar com as massas que povo pensava estar seguro ou porque os irmãos Dalton se lembravam de assaltar.
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Ora, se o dinheirinho estiver paradinho numa caixinha de aço e não poder servir para ser emprestado é muito melhor para a economia porque cresceria e se desenvolveria como nunca visto. Certo?
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O dinheirinho guardadinho numa caixinha forte, intocavel, num banco ou levado para o planeta marte é a mesmissima coisa. Não venha o Austrico tecê-las, ainda seria melhor pegar em algum, antes de o enviar para marte, e empresta-lo.
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Agora, vejamos a coisa com olhos de ver. Se os bancos não pudessem emprestar a massa dos depositos, os mesmo não corriam risco porque não hvaeria risco de emprestimos mal concedidos. Alías, nem emprestimos haveria. Mas porque é que o risco de emprestar os de+positos a centenas de milhar de pessoas é maior do que o risco do banqueiro que guarda as massas fugir com ele?
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Eu preferia que o meu dinheiro fosse divida de muita gente (apenas 4% deles não iriam pagar) do que correr o risco de colocar as minhas poupanças num banqueiro que pode muito bem pegar nele e, como Luis Norton de Matos, faze-lo desaparecer.
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Rb
Estou certo que se o sistema mudasse para a vontade do CN e colegas miseanos afins, o povo seria o primeiro a revoltar-se e a exigir que os bancos voltassem a emprestar o cacau.
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É o sistema que garante que quem tem mérito e tino empresarial pode aceder a dinheiro para financiar os seus projectos. O sistema miseano é aquele que separa a sociedade em herdeiros e não herdeiros. Quem teve a sorte de nascer rico usa os seus depositos para continuar a sua vida. Quem nasceu sem depositos nunca poderá financiar os seus propositos.
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O sistema miseano austrico é a antitese do capitalismo. É tão utópico e descabido quanto o comunismo.
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Só resulta na cabeça e na teoria, porque na pratica é um caos. O Caos até me parecia mais benigno porque só comia os seus proprios filhos...
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Rb
Rb, meu caro, banco so empresta dinheiro a quem tem capacidade para paga-lo. Vc sabe disso. Pode ser o sistema que for . Por ventura o sistema atual pode ser ate melhor do que o "austríaco" mas não por isso. cmpts.
Muito bem Rb
Zeze
Quem nasceu sem depositos nunca poderá financiar os seus propositos
Que tanga!
O mundo não começou anteontem.
E não é de anteontem o ditado: "No poupar é que está o ganho"
Porém, não se conhece nenhum que diga: "No emprestar é que está o ganho (para quem pede emprestado)"
Muja, antes de continuar informe-se acerca de que Poupança é que está a falar.
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Mas a ideia é esta: Se vc gastar as suas poupanças a comprar pão, o padeiro terá condições de fazer poupanças ou investir os lucros ou gastar em perfumes que serão poupança do farmaceutico que os vende...
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O que quero dizer é que o facto de as nossas avós pouparem muito não quer dizer que a Poupança Nacional seja maior. A sua avó poupa porque alguem gastou dinheiro a dar-lho.
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Rb
Em termos macro podemos dizer apenas que o país não deve importar mais do que aquilo que exporta para que a balança de pagamentos seja equilibrada e não seja necessário recorrer a emprestimos do exterior. Agora se a sua avó poupa e o zé do tasco gasta é problema deles... desde que as massas poupadas e gastas se reunam no sistema bancário. Se as massas basarem para off shores ou se ficarem enterrados no quintal não servem ao país.
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Rb
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